domingo, outubro 14, 2012

Sindicato de polícias: Polícia «muito próxima» daquilo que era há 30 anos


Diário Digital

A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia responsabilizou hoje o Governo pelo que vier acontecer na segurança do país, considerando que a Polícia está "muito próxima" daquilo que era há 30 anos, quando "vivia da caridade".

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP), Paulo Rodrigues, criticou as medidas previstas no Orçamento de Estado para 2013, que são um ataque aos direitos dos polícias.
A suspensão da passagem à pré-reforma e o fim do transporte gratuito para os polícias são algumas das medidas que constam da versão preliminar da proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2013.
 "A PSP tem funcionado ao longo dos últimos anos no limite da sua capacidade", tendo contribuído para sua missão 'o dever do profissionalismo do efetivo', mas os cortes nos direitos podem interferir na instituição", adiantou o presidente do maior sindicato da Polícia.
Paulo Rodrigues afirmou que a instituição PSP e os polícias estão "muito próximos" daquilo que eram "há 30 anos", em que "viviam da caridade" e o efetivo era "muito envelhecido".
"É uma irresponsabilidade. Quem vai perder, numa primeira fase são os polícias, mas depois são os cidadãos. É impossível a PSP viver de forma estável", sustentou, criticando a suspensão da passagem à pré-reforma.
Segundo o presidente da ASPP, o fim da pré-reforma significa que um polícia vai ter de ficar na PSP até aos 60 anos.
"A Polícia vai ter de fazer face ao crime, que é cada vez mais organizado, com um efetivo que ultrapassa os 50 anos. É uma irresponsabilidade total", sublinhou, acrescentando que o Governo vai ter de assumir as consequências dessas medidas.
Paulo Rodrigues disse também que retirar o passe mensal (dos transportes) aos polícias significa "uma redução direta nos vencimentos, que já são muito baixos".
Sublinhou igualmente que perante esta "perda de direitos" faz "ainda mais sentido" a manifestação que a ASPP tem marcada para 06 de novembro, em Lisboa.
Paulo Rodrigues ameaçou também com mais ações de luta caso o Governo "não encontre um caminho diferente para os polícias".
Diário Digital com Lusa

Nenhum comentário:

Postar um comentário