As 1.901 notas de 200 euros falsas apreendidas no Grande Porto são de "excecional qualidade" e só foi possível descobri-las após uma investigação internacional que juntou Judiciária e Europol, disse hoje a coordenadora de Investigação Criminal da PJ/Porto.
"Esta falsificação é muito boa, tem uma ótima qualidade, não só pelo papel, mas também por ter na sua execução um conjunto de elementos de segurança que fazem com que a nota pudesse passar mesmo naquelas máquinas de infravermelhos", explicou a coordenadora de Investigação Criminal Damiana Neves, acrescentando que a marca de água é o elemento com pior qualidade.
As notas falsas de 200 euros, cuja contrafação foi feita no estrangeiro, foram apreendidas na posse de um indivíduo de 46 anos, que circulava com o valor total de 380.200 euros, explicou Damiana Neves, numa conferência de imprensa realizada hoje à tarde, referindo que a investigação se prolongou por cerca de um mês.
Já depois da conferência de imprensa, fonte ligada à investigação adiantou à Lusa que o homem alegadamente envolvido nesta falsificação foi colocado, por um juiz de instrução, em prisão preventiva.
De acordo com os elementos da Europol (serviço europeu de polícia) que foram dados à PJ, as notas apreendidas nesta operação já circulam desde 2002, praticamente desde que o Euro se iniciou, referiu Damiana Neves, explicando que toda a falsificação que perdura "vai sendo melhorada".
"Esta é uma variante de uma nota já feita em 2002 e, segundo os especialistas (...) da Europol, é extremamente boa e muito melhorada", acrescentou.
As 1.901 notas contrafeitas foram assinaladas em maiores quantidades sobretudo em Espanha, Itália, Alemanha, Bulgária e em Portugal.
Estavam na posse de um único homem e seriam para entregar a "terceiros" que, "objetivamente, as iriam colocar em circulação no sistema fiduciário português", informou ainda Damiana Neves.
Num comunicado oficial emitido antes desta conferência de imprensa, a PJ considerou que esta foi a "maior apreensão de euros efetuada a nível mundial", informação que fonte da corporação manteve, mas com uma `nuance`: foi a "maior apreensão a nível mundial" envolvendo falsificação de notas com nível qualitativo elevado.
Esta foi a segunda apreensão de moeda falsa feita este mês, no Porto, pela Polícia Judiciária, a seguir ao desmantelamento de um grupo de cinco pessoas, de nacionalidade portuguesa, responsável pela contrafação e passagem de notas de 50 euros e 20 euros, a quem também foram apreendidos 30 mil euros de moeda falsa e todo o equipamento e material relacionado com esta atividade criminosa.
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