Economico
O Governo não cedeu e as forças de segurança avançam hoje com os
protestos. PSP, GNR, Guarda Prisional, ASAE, Polícia Marítima e SEF saem
à rua dia 28
Sem acordo, os polícias avançam mesmo com os protestos prometidos. A
"Semana da Indignação" arranca hoje com milhares de profissionais das
forças de segurança para exigir ao Governo que os coloque nas novas
tabelas remuneratórias legalmente definidas em 2009. Uma semana de
protesto convocada pela Comissão Coordenadora Permanente (CCP) dos
Sindicatos e Associações dos Profissionais das Forças e Serviços de
Segurança, que começa com um encontro nacional no Porto, em que será
avaliada a situação. Os protestos agendados terminam dia 28, em Lisboa,
com uma manifestação.
O secretário nacional da CCP, Paulo Rodrigues, insistiu até ontem -
prazo limite para uma solução da parte do Governo - que as forças de
segurança só desistem dos protesto se o Ministério da Administração
Interna (MAI) garantisse a colocação de todos os agentes e oficiais na
nova tabela remuneratória, em vigor desde Janeiro de 2010. "Há notícias
de que o orçamento do MAI vai aumentar no próximo ano. É um sinal
positivo, mas em nada garante que os problemas vão ser resolvidos",
disse o também presidente da Associação Sindical dos Profissionais da
Polícia (ASPP).
O ministro da Administração Interna disse na semana passada no
Parlamento que 1.871 polícias entraram no novo sistema remuneratório e
21.402 ficaram de fora. Macedo responsabilizou o Governo anterior pela
situação e acrescentou que o novo estatuto salarial "implicou um brutal
aumento de despesa". "O impacto orçamental daqueles três diplomas [GNR,
Guarda e PSP] ascendia a 68,7 milhões de euros", disse Miguel Macedo aos
deputados.
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