sábado, setembro 17, 2011

APG apela a militares para aderirem à semana de luta

Diário de Notícias - Lisboa


A Associação dos Profissionais da Guarda (APG) apelou hoje a todos os militares da GNR para que participem na "Semana da indignação dos Polícias", protesto contra a suspensão das tabelas remuneratórias nas forças de segurança.
APG apela a militares para aderirem à semana de lutaIniciativa da Comissão Coordenadora Permanente (CCP) dos Sindicatos e Associações dos Profissionais das Forças e Serviços de Segurança, a "Semana da indignação dos Polícias" começa na quarta-feira com um encontro nacional no Porto e termina a 28 de setembro, com uma manifestação, em Lisboa.
A APG, que faz parte da CPP, considera que "é com consciência de que os profissionais não podem continuar a ser iludidos e que o protesto é o único caminho", apelando, por isso, a todos os militares da Guarda Nacional Republicana para que participem maciçamente nesta semana de luta.
A direção da APG destaca "a forte indignação" com a decisão do Governo de "suspender a tabela remuneratória e congelar as progressões na carreira", causando "uma situação inaceitável e desrespeitando em absoluto pela lei".
Na quarta-feira, o ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, disse que é "muito reduzida" a margem de manobra para resolver o problema das remunerações na PSP e GNR, tendo em conta o impacto financeiro.
Segundo o ministro, colocar os elementos da PSP e da GNR nas posições remuneratórias tem um custo de mais de 60 milhões de euros.
No entanto, há profissionais nas duas forças de segurança que já foram colocados nas novas tabelas em 2010, enquanto uma grande maioria ainda não transitou para o novo sistema remuneratório.
Dados do Ministério da Administração Interna indicam que na PSP foram promovidos 1.146 polícias no ano passado, faltando promover 1.858, enquanto na GNR entraram para o novo sistema remuneratório 1.871, tendo ficado de fora 21.402.
As estruturas representativas das forças e serviços de segurança consideram ilegal e injusto o congelamento das progressões nas carreiras, tendo optado por organizar uma semana de protestos.
O maior sindicato da PSP já começou a desafiar os polícias a passar menos multas e a faltar ao trabalho de forma legal na próxima semana.
A CCP é constituída pela Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP/PSP), Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR), Associação Sócio-profissional da Polícia Marítima (ASPPM), Sindicato Nacional dos Guardas Prisionais (SNGP), Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SCIF-SEF) e Associação Sindical dos Funcionais da ASAE.

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