Policiais ruins, punidos. Policiais bons, premiados com dinheiro. Entretanto, para ganhar mais, os 35 mil policiais da Bahia vão ter que, literalmente, suar a farda. A partir de abril de 2012, segundo informou com exclusividade ao CORREIO o titular da Secretaria da Segurança Pública (SSP), Mauricio Teles Barbosa, policiais civis e militares da Bahia que conseguirem reduzir índices de violência em suas áreas de atuação vão receber reforço no orçamento.
“Estamos usando a ideia do gerenciamento da
iniciativa privada. Temos uma meta de reduzir os índices de violência e
queremos alcançar. Vamos ter um plus salarial. Não vai chegar a um 14º
salário, mas o valor vai se assemelhar em muito”, disse Barbosa.
O secretário informou que as premiações vão ser
pagas por cada Área Integrada de Segurança Pública (Aisp), que
compreendem delegacias e companhias da Polícia Militar por regiões, que
reduzir os índices de violência.
Enquanto isso, a SSP promete intensificar as ações das corregedorias das polícias para punir policiais que cometam crimes. “O que vamos priorizar é o bom trabalho de equipe. Todos os policiais que pertencerem a Aisp que reduzir indicadores vão ganhar essa premiação. Desde o soldado e o investigador à mais alta patente. Isso vem a calhar das duas formas na questão da produtividade e na integração entre as polícias”, destacou.
Enquanto isso, a SSP promete intensificar as ações das corregedorias das polícias para punir policiais que cometam crimes. “O que vamos priorizar é o bom trabalho de equipe. Todos os policiais que pertencerem a Aisp que reduzir indicadores vão ganhar essa premiação. Desde o soldado e o investigador à mais alta patente. Isso vem a calhar das duas formas na questão da produtividade e na integração entre as polícias”, destacou.
Ele indicou que o projeto está em fase de
finalização e que já possui o aval da Secretaria da Administração do
Estado (Saeb) para liberação orçamentária dos recursos, mesmo que todas
as áreas do estado cumpram as metas. Teles não informou o valor total do
investimento, que tem investimentos do programa Pacto Pela Vida.
Critérios
Teles informou que os índices a serem reduzidos são homicídios e crimes contra o patrimônio. “Vamos quantificar a questão da conclusão dos inquéritos (para a policia civil, cumprimento dos mandados de busca, apreensão e prisão de criminosos). Para a PM, vamos avaliar a questão de apreensão de armas de fogo, prisões também de pessoas com o mandato de prisão em aberto. Ou seja, a gente vai quantificar para calcular o plus”.
Os autos de resistência - quando a polícia mata
bandidos em confronto - estão abolidos desse calculo no primeiro momento
do projeto. “Uma vez, o Rio de Janeiro usou a chamada gratificação
faroeste, que pagava mais para policiais que matassem em confronto. No
prazo máximo de 2 anos, a intenção é que as taxas de auto de resistência
sejam incorporadas às taxas de homicídio”.
Em abril de 2012 serão pagos os plus salariais dos
resultados conseguidos em 2011 pelos policiais baianos. “Será em abril
porque temos que ter um prazo para analisar os dados de cada área. Nesse
primeiro ano não vamos ter uma coisa muito sedimentada, a gente vai
fazer até a título de exemplificação e valorização das boas práticas
para que em abril de 2013 a gente já pague dentro dos moldes e da
avaliação dos índices de 2012”, disse Teles.
Além de oferecer benefícios financeiros à tropa, por
trás da concessão dos plus há uma necessidade de planejamento das
políticas de segurança. “Queremos saber estrategicamente quais são as
unidades que merecem uma atenção especial. Importante dizer que a
premiação não tem a ver com a questão de aumento salarial. Ela é um
plus. As questões salariais serão discutidas com a categoria no momento
devido”, diz o delegado geral da Polícia Civil, Hélio Jorge.
O comandante-geral da PM, coronel Alfredo Castro, diz que a ideia da SSP não é valorizar o profissional apenas pelo dinheiro. “O salário é um fator motivador no sentido de desempenho das funções policiais com boas ações”, diz.
O comandante-geral da PM, coronel Alfredo Castro, diz que a ideia da SSP não é valorizar o profissional apenas pelo dinheiro. “O salário é um fator motivador no sentido de desempenho das funções policiais com boas ações”, diz.
SSP quer criar academia de polícia
Pensando em oferecer atrativos para a polícia que não sejam apenas questões salariais, o secretário da Segurança Pública, Mauricio Teles Barbosa, e o delegado-geral da Polícia Civil, Hélio Jorge Paixão, anunciaram para o CORREIO o projeto de criar uma academia de segurança pública da Bahia para fazer a integração entre as duas academias numa academia única. A academia deve ser entregue à população nos próximos quatro anos.
Pensando em oferecer atrativos para a polícia que não sejam apenas questões salariais, o secretário da Segurança Pública, Mauricio Teles Barbosa, e o delegado-geral da Polícia Civil, Hélio Jorge Paixão, anunciaram para o CORREIO o projeto de criar uma academia de segurança pública da Bahia para fazer a integração entre as duas academias numa academia única. A academia deve ser entregue à população nos próximos quatro anos.
“Queremos fazer a boa interlocução das categorias
já na formação. Vamos passar todos os policiais por cursos de
qualificação nessa academia. Já temos até um terreno em Lauro de Freitas
onde vamos sediar a academia”, destacou Barbosa.
O comandante-geral da PM, coronel Alfredo Castro,
explica que o direito ao recebimento do plus salarial integra um
conjunto de ações que devem valorizar os profissionais das polícias. “A
valorização do homem não parte somente com o dinheiro. O salário é fator
motivador no sentido de desempenho de suas funções com boas ações. O
salário é bom, mas se você não tiver pessoas comprometidas com o serviço
você pode dar até um milhão que não adianta”.
O delegado-geral da Polícia Civil, Hélio Jorge
Paixão, reforça a ideia de que o aumento nos rendimentos não é
prioridade para os policiais da tropa baiana. “Quando assumimos no cargo
fizemos uma pesquisa com a tropa sobre o que eles queriam. Primeiro,
queriam capacitação, se especializar cada vez mais na atividade que
desenvolvem. Segundo, queriam ter mais condições para exercer essas
atividades e no terceiro item vieram falar em remuneração. A motivação
do policial passa por tudo isso”, informou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário