terça-feira, setembro 06, 2011

Fatia de despesas das Forças de Segurança cresce 28% em termos nominais em 10 anos

OJE


OJE/Lusa
Em dez anos a fatia de despesas dedicada às Forças de Segurança cresceu 28% em termos nominais, disse hoje o presidente do Sindicato dos Oficiais de Polícia (SNOP).


Em entrevista à Lusa, o comissário Carlos Ferreira assegura que este crescimento de 28% registado entre 2001 e 2010 fica praticamente anulado se for considerado o índice de preços no consumidor.

"Ao contrário do discurso recorrente transmitido às populações, não foi pelo facto de na última década a criminalidade se ter complexificado e adensado em termos globais que se investiu mais nas polícias portuguesas em termos relativos", frisou.

Segundo Carlos Ferreira, o peso das forças de segurança nas despesas globais da Administração Central baixou cerca de 12 pontos percentuais numa década e até mesmo no seio do Ministério da Administração Interna (MAI), os gastos com as polícias perdem importância relativa enquanto as despesas com os chamados gastos gerais de apoio, estudos, coordenação e cooperação crescem mais de 30% entre 2006 e 2010.

Há, frisou o comissário, uma clara opção do Estado por investir em funções de carácter eminentemente burocrático e administrativo, "num tempo em que a população se vê acossada de forma objectiva ou subjectiva por um forte sentimento de insegurança".

Por outro lado, adiantou, numa altura em que se fala de cortes nos cargos dirigentes da administração pública, a PSP tem o maior rácio dirigentes/funcionários, com um para 283, quando a média na Administração Pública é de um para 45 e no seio do próprio MAI existe um organismo com funções policiais cujo rácio é de 1 para 38.
Forças de Segurança: Fatia de despesas cresceu 28% em termos ...Sol

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