terça-feira, setembro 06, 2011

Polícia: Setembro e Outubro podem ser «meses complicados»

TVI24

Sindicatos alertam para estado de «indignação geral» vivido nas forças de segurança

O presidente do Sindicato Nacional de Oficiais de Polícia (SNOP) alertou para a possibilidade de Setembro e Outubro serem meses complicados em matéria de Segurança Interna devido ao estado de «indignação geral» vivido na Policia de Segurança Pública.

«Sem pretender dramatizar porque não é positivo criar alarmismos, o que nos parece é que os meses de Setembro e Outubro vão ser muito complicados no âmbito da Segurança Interna e no caso concreto da PSP», disse o Comissário Carlos Ferreira referindo-se por exemplo ao facto da maior associação sindical da PSP (ASPP) ter já convocado uma semana de indignação.

Outras estruturas sindicais, frisou, estão na expectativa para ver que sinais positivos o Governo dará para a resolução dos problemas desta força policial, para que a «conflitualidade que se prevê não se prolongue e não atinja níveis difíceis de controlar».

A Comissão Coordenadora Permanente (CCP) dos Sindicatos e Associações dos Profissionais das Forças e Serviços de Segurança realiza entre 21 e 28 de Setembro a «Semana da indignação dos Polícias», que terá início com um encontro nacional no Porto para avaliar a evolução da situação.

Caso o Governo não «cumpra com a lei» e com os estatutos remuneratórios que já deveriam ter entrado em vigor na PSP e na GNR no ano passado, a CCP vai promover ao longo dessa semana várias acções de protesto, que poderão passar por paralisações e uma manifestação em Lisboa.

A CCP é constituída pela Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP/PSP), Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR), Associação Sócio-profissional da Polícia Marítima (ASPPM), Sindicato Nacional dos Guardas Prisionais (SNGP), Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SCIF-SEF) e Associação Sindical dos Funcionais da ASAE.

A imagem que os oficiais transmitem sempre, adiantou Carlos Ferreira, é de responsabilidade e de ponderação, mas sem deixar de alertar e transmitir para o seio da PSP e para o Governo, «que os problemas dos agentes e chefes são também problemas dos oficiais, que têm a obrigação de lutar pelas condições de trabalho de todos os polícias».

O dirigente assegura que o agravar das condições de vida dos polícias portugueses, que em início de carreira ganham pouco mais de 800 euros e têm a família distante, «pode criar o perigo do próprio efectivo policial sofrer um aumento da conflitualidade interna que os impeça de trabalhar de forma concentrada e com a serenidade necessária para actuarem correctamente nos momentos difíceis, com determinação e sem excesso, porque a instabilidade emocional é também um risco para o cidadão».

Carlos Ferreira acrescenta ainda que num momento em que é muito previsível um aumento significativo da criminalidade, resultante do agravamento das condições de vida, os polícias terão que estar preparados e mentalizados para o combate ao crime e protecção das pessoas e dos seus bens. 

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