A Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR) disse hoje que o ambiente na corporação é de "profunda desmotivação e descontentamento", resultantes das medidas de austeridade e de condições de serviço "degradantes".
foto JOSE MANUEL BACELAR/GLOBAL IMAGENS |
Profissionais da GNR descontentes |
"O momento que se vive na instituição é de profunda desmotivação e descontentamento na generalidade das classes profissionais, devido às consequências das medidas deausteridade e também por força do crescente desinvestimento que se tem traduzido em condições de serviço cada vez mais degradantes", afirma a Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR), em comunicado.
A principal estrutura associativa na Guarda Nacional Republicana (GNR) acrescenta que "a grande indignação referente aos cortes nos vencimentos e suspensão dos subsídios de férias e de Natal, bem como em relação às promoções em atraso e ao não pagamento de retroativos da tabela remuneratória e aumento da carga horária, têm afetado a esmagadora maioria dos profissionais" da instituição.
A APG/GNR reuniu, este sábado, em assembleia-geral, na sua sede nacional, em Lisboa, para analisar a situação na instituição.
Nessa reunião foi decidido solicitar audiências à Comissão de Direitos, Liberdades e Garantias da Assembleia da República e aos grupos parlamentares para "denunciar a instauração do inquérito pela Inspeção-Geral da Administração Interna sobre o 'Passeio da Indignação' realizado no dia 1 de março".
Trata-se de uma "situação inadmissível e injustificável em democracia", realça a APG, que apela à "união e disponibilidade" dos associados e profissionais da Guarda em geral para que se "empenhem nas ações de luta que venham a ser promovidas" em defesa de "direitos" e pela "dignificação" das funções na GNR.
O chamado 'Passeio da Indignação' foi um protesto público dos profissionais dos serviços e forças de segurança realizado em Lisboa para exigir, nomeadamente, ao Governo a aplicação das novas tabelas remuneratórias em vigor desde 2010.
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