O Mirante
Cortes orçamentais obrigam PSP e GNR a sair para a rua apenas nas emergências
Na região há menos policias a patrulhar as ruas e
muitos só saem das esquadras e postos quando a situação é realmente
grave. A situação foi confirmada a O MIRANTE pelos comandos territoriais
da GNR e pela própria PSP. Autoridades admitem que poderá haver um
“ligeiro aumento” da criminalidade na região.
A criminalidade na região, entre Vila Franca de
Xira e Santarém, tende a sofrer um “ligeiro aumento” devido aos cortes
orçamentais impostos pelo Governo que obrigam as forças de segurança a
fazer menos patrulhamentos nas ruas.
A informação foi confirmada a
O MIRANTE pelos vários comandos territoriais da
Guarda Nacional Republicana (GNR) e pela própria Polícia de Segurança
Pública (PSP). Há menos dinheiro para a segurança e os polícias estão a
ser aconselhados a reduzir nas patrulhas de automóvel, privilegiando o
policiamento de visibilidade - como já está a ser feito pela PSP de Vila
Franca de Xira - e o policiamento apeado. Em muitos casos, como
acontece na GNR, já existem limites de quilómetros e nos gastos mensais
em combustível.
“Hoje em vez de fazermos quatro rondas pela
cidade fazemos duas e sempre sem parar para não gastar muito”, afiança
fonte da GNR de Samora Correia, concelho de Benavente. Aqui existe um
carro por reparar há 15 dias e a falta de materiais de limpeza é um dos
problemas mais notados. “Esta é uma situação que vai fazer aumentar a
criminalidade”, deduz a mesma fonte. Em Samora, como um pouco por toda a
região, ainda vai valendo algum espírito de improviso por parte dos
militares. Na região, entre os que usam o carro pessoal para acudir a
situações de emergência há também quem desengate os carros patrulha nas
descidas para poupar gasóleo.
O comando territorial de Santarém da GNR,
contactado pelo nosso jornal, confirma que os militares estão a sofrer
medidas de contenção que passam pela redução das patrulhas mas realça
que todas as situações urgentes são atendidas. “Nunca faltaremos a um
assalto ou a um acidente. Reduzimos as patrulhas mas nunca deixaremos um
cidadão sem apoio”, garante um responsável pelo comando.
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