Neil Armstrong morreu este sábado aos 82 anos, informa a imprensa norte-americana. Ficou famoso por ter sido o primeiro homem a pisar o solo da Lua no dia 20 de Julho de 1969, a bordo do Apollo 11.
Tinha sido operado para colocar um bypass no início do mês, pelo que a morte está a ser atribuída a complicações cardíacas resultantes desta cirurgia.
"Um pequeno passo para o Homem, mas um gigantesco passo para a Humanidade", foi a célebre frase que o norte-americano proferiu assim que pisou o solo do satélite natural da Terra, erguendo uma bandeira dos Estados Unidos.
"Um pequeno passo para o Homem, mas um gigantesco passo para a Humanidade", foi a célebre frase que o norte-americano proferiu assim que pisou o solo do satélite natural da Terra, erguendo uma bandeira dos Estados Unidos.
O seu nome está, por isso, inexoravelmente ligado à História do século XX.
Num depoimento sobre o falecimento, a família sublinhou que Armstrong foi "um relutante herói americano", que "serviu orgulhosamente o seu país como piloto da marinha e como astronauta".
Num depoimento sobre o falecimento, a família sublinhou que Armstrong foi "um relutante herói americano", que "serviu orgulhosamente o seu país como piloto da marinha e como astronauta".
Nascido em Wapakoneta, no dia 5 de Agosto de 1930, Armstrong foi, antes de astronauta, um piloto de testes e um aviador naval. Participou na Guerra da Coreia, quando integrava a Marinha norte-americana.
Enquanto aviador, pilotou quase mil voos, conhecendo como ninguém uma enorme variedade de aeronaves.
A entrada para a NASA (agência espacial norte-americana), que lhe viria a definir o futuro, ocorreu em 1962, respondendo às inscrições para a formação de um novo grupo de astronautas.
Ao longo de dois anos treinou-se exaustivamente para poder ir para o Espaço, aprendendo até a fabricar foguetes e naves.
O seu primeiro voo ocorreu em 1966, ao lado de David Scott, tendo assumido o estatuto de comandante da Gemini VIII, mas a operação foi abortada, devido a problemas técnicos relacionados com um foguete.
A glória veio com a liderança da Apollo 11, conseguindo tornar-se pioneiro no contacto com a Lua. Dizia-se já nesta altura que ele era o mais perfeito dos astronautas, quer pelo sangue frio demonstrado em situações-limite, quer pelo lado discreto e moderado, aliado ao perfeccionismo técnico.
"Acredito que cada ser humano tem um número finito de batidas cardíacas. Não quero passar as minhas a fazer exercícios", disse um dia.
Além da bandeira norte-americana, na Lua consta ainda uma placa, assinada pelos astronautas desta missão e pelo presidente norte-americano Richard Nixon. Ali se pode ler: "Aqui, os homens do planeta Terra puseram pela primeira vez os pés na Lua, em 20 de Julho de 1969. Viemos em paz em nome de toda a Humanidade."
Ao chegar à Terra, Neil Armstrong tornou-se um símbolo de heroísmo, tendo realizado uma digressão por vários países.
O seu percurso pela NASA estava a chegar ao fim. O próprio disse que não queria voltar ao Espaço depois do êxito da Apollo 11. Retirou-se no ano seguinte, 1970, tendo-se, a partir daí, dedicado ao ensino: foi professor de engenharia aeroespacial em Cincinnati.
Voltou depois à vida discreta, tendo casado duas vezes.
As suas últimas aparições públicas foi como convidado por altas individualidades dos Estados Unidos para participar em galas e congressos ligados à actividade espacial. Deu ainda que falar ao processar, em 1994, uma empresa de cartões de crédito porque esta resolveu utilizar a sua célebre frase: "Um pequeno passo para o Homem, mas um gigantesco passo para a Humanidade."
"Acho que todos queremos ser reconhecidos não por um pedaço de fogo-de-artifício, mas pelo resultado do nosso trabalho diário", disse.
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