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A perceção da ameaça terrorista pelos cidadãos é muito superior à realidade no que respeita a ocorrências. A conclusão é de um estudo europeu onde participam investigadores da Universidade de Coimbra (UC) e cujos resultados preliminares foram divulgados esta segunda-feira.
«O terrorismo não é um perigo banal. Mas está muito longe daquilo que as pessoas percecionam. Verifica-se uma clara discrepância entre a perceção dos cidadãos e a realidade», disse à agência Lusa o investigador Joaquim Pires Valentim, da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação (FPEUC).
Da análise dos dados não resulta o «porquê» da diferença entre a perceção da ameaça e a realidade dos atos terroristas. Mas, a título pessoal, Joaquim Valentim aponta como «causas» a importância que os meios de comunicação social e os governos dão aos atos terroristas.
«Nos anos 70 [do século passado] havia grupos terroristas e não [lhes] era dada tanta importância [em termos mediáticos]», observou.
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