Judiciária: Liderou ‘Face Oculta’ e ‘Apito Dourado’
Teófilo Santiago, actual responsável pela PJ de Aveiro e único crachá de ouro da instituição, foi notificado pela ministra da Justiça na passada segunda-feira de que tinha sido recusada a sua passagem à disponibilidade.
O quadro superior da Polícia Judiciária tinha entrado com o pedido no passado dia 19 de Junho, a poucos dias de fazer 29 anos de casa. Tem 36 anos de serviço – antes de ingressar na Polícia Judiciária, foi magistrado do Ministério Público – e, sabe o CM, na origem do pedido estará o que considera ser a subvaloriza-ção da carreira de investigação.
Teófilo Santiago, que já liderou vários departamentos da PJ, tem um longo currículo. Algumas das investigações mais mediáticas passaram pelas sua mãos, destacando-se os processos ‘Face Oculta’ e ‘Apito Dourado’. O coordenador superior foi um dos homens que defenderam a investigação ao então primeiro-ministro José Sócrates, tendo mesmo requerido ao Ministério Público um inquérito autónomo. Acreditava que tinham sido cometidos crimes graves, como o atentado ao Estado de Direito e abuso de poder. Num segundo plano, também pesaram os cortes salariais que vêm atingindo os funcionários do Estado. Estes cortes aceleraram o desencanto de um dos quadros mais carismáticos da PJ, que no entanto nunca colocou a hipótese de ir trabalhar para o sector privado ou para outra entidade que não a PJ.
Refira-se que, antes de Teófilo Santiago, o pedido de disponibilidade já tinha sido aceite para outros quadros.
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