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A comissão coordenadora dos sindicatos e associação das forças e serviços de segurança alertou hoje que "todos os cenários de luta estão em cima da mesa" para responder ao congelamento das progressões nas carreiras na Administração Interna e Defesa."Vamos defender, se eventualmente forem desenvolvidas formas de protesto - o que me parece que vai acontecer - uma luta transversal a todas as forças e serviços de segurança que pode passar por todas as ações a que cada estrutura tem direito, não só pela greve mas outro tipo de protestos", disse à agência Lusa o secretário nacional da Comissão Coordenadora Permanente (CCP) dos Sindicatos e Associações dos Profissionais das Forças e Serviços de Segurança, Paulo Rodrigues.
No âmbito da avaliação conjunta feita com a 'troika', o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, anunciou na sexta-feira que irá congelar a partir de setembro as progressões previstas no regime remuneratório para o Ministério da Administração Interna e Ministério da Defesa.
A CCP vai reunir-se na próxima quinta-feira para avaliar o impacto do congelamento das progressões nas carreiras.
"Pensávamos que com este Governo haveria uma alteração à política que vinha sido seguida pelo anterior Governo. (...) Afinal há um querer continuar com uma política que é prejudicial não só aos profissionais mas também às próprias instituições e que vai refletir negativamente na qualidade da segurança que prestamos à sociedade", disse Paulo Rodrigues.
A CCP é constituída pela Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP/PSP), Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR), Associação Sócio-profissional da Polícia Marítima (ASPPM), Sindicato Nacional dos Guardas Prisionais (SNGP), Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SCIF-SEF) e Associação Sindical dos Funcionais da ASAE.
Também a Federação Nacional dos Sindicatos da Polícia (FENPOL) anunciou hoje que se vai reunir na terça-feira para "analisar, debater e concluir em consenso" sobre as medidas de luta a levar a cabo perante o congelamento de carreiras.
"A segurança pública e a segurança nacional não podem estar sistematicamente a serem colocadas em causa, por cortes nos respetivos orçamentos e nos sucessivos cortes nos regimes remuneratórios e congelamentos das progressões dos seus profissionais", considera a entidade, composta pelo Sindicato Unificado da Polícia, Associação Sindical de Oficiais de Polícia e Sindicato Nacional da Polícia.
Para a reunião desta terça-feira estão convocados mais de uma dezena de sindicatos e associações profissionais da PSP, GNR e Forças Armadas.
Já hoje, o ministro da Defesa, Aguiar-Branco, disse que "o anterior Governo deve um pedido de desculpas às Forças Armadas", pois as medidas anunciadas esta semana "podiam ter sido evitadas e as Forças Armadas poderiam não estar confrontadas com este problema".
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