terça-feira, agosto 30, 2011

A REVOLTA NAS POLICIAS

Pensar a Segurança 
 
A frase de John Stuart Mill "O único propósito que justifica que a repressão possa ser legalmente imposta sobre um qualquer membro da sociedade civilizada, contra a sua vontade, é prevenir os danos que ele pode provocar nos outros" poderia ser aplicada de forma exemplar ao que se sucederá aos motins de Londres de Agosto de 2011. ....

Por tudo isto, começa a ser confrangedor – e preocupante – ver os sinais de desgaste político que o Ministério da Administração Interna apresenta na sua relação com os representantes das Polícias (GNR e PSP). Depois de ter sido travado o projecto (muito mal explicado por um dos assessores do PSD) de criação de uma Polícia Nacional (PN), depois de o Ministro Miguel Macedo ter afirmado publicamente que o processo de combate aos incêndios estaria a correr menos bem, depois do escândalo com os serviços de informações e depois da crise com as promoções nas Forças Armadas (FAs), eis que surge a possibilidade de revolta nas polícias. Na verdade, seria caso para perguntar qual é a estratégia do actual governo para a segurança nacional e qual é o tipo de gestão que se pretende fazer no futuro: Anunciar medidas de forma casuística, sem estudar as suas consequências? Arriscar (ainda mais) a desmotivação dos profissionais das FSS (Forças e Serviços de Segurança)? Adiar (uma vez mais) a possibilidade de uma reforma de fundo, mau-grado os erros políticos cometidos pelo PSD duas semanas antes das eleições legislativas? Tratar o tema da segurança nacional (em geral) e da segurança interna (em particular) como se se tratasse de uma questão menor?
... Em Setembro veremos quem tem razão.

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