domingo, maio 13, 2012

MAI defende policiamento de proximidade

CM

Insegurança das populações
O ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, destacou hoje a importância da segurança para o desenvolvimento do país, defendendo a necessidade de combater o sentimento de insegurança das populações com um policiamento de proximidade.


"Portugal é o terceiro melhor país da União Europeia em termos de taxa de criminalidade, mas quando se fazem inquéritos às pessoas sobre se sentem segurança, descemos posições e somos ultrapassados por países com situações piores do que a nossa em termos de criminalidade", afirmou Miguel Macedo, numa intervenção nas comemorações do 13.º aniversário do Comando Regional da PSP dos Açores, em Vila Franca do Campo.
Para Miguel Macedo, "é estratégico para o desenvolvimento do país garantir a segurança", destacando a acção que tem sido desenvolvida pela PSP nos Açores, onde nos últimos cinco anos se registou uma "tendência de decréscimo constante da criminalidade geral, da criminalidade violenta e grave e dos crimes de proatividade policial".
"Todos os indicadores recentes expressam valores de decréscimo da criminalidade superiores à média nacional em todas as Divisões que compõem o Comando Regional dos Açores", frisou, acrescentando estar consciente de que "há muito por fazer", já que os números "não expressam na íntegra a realidade".
Na sua intervenção na cerimónia, em que também participou o director nacional da PSP, superintendente Paulo Gomes, o ministro destacou o trabalho desenvolvido pelos elementos das forças de segurança e reafirmou que, em 2013, existirão "os meios financeiros necessários para repor justiça na questão do sistema remuneratório", o que envolverá um investimento de cerca de 60 milhões de euros.
"Não é um tratamento de excepção para as forças de segurança, é a reposição justa de uma situação que já foi aplicada à restante administração pública, mas que ainda não tinha sido aplicada na íntegra às forças de segurança", afirmou.
Relativamente aos Açores, Miguel Macedo frisou que é necessário encontrar "soluções criativas" para resolver alguns dos problemas de instalações, adiantando que a situação será ultrapassada em colaboração com as autarquias locais, através da reabilitação de espaços como antigas escolas.
Quanto ao reforço de pessoal, admitiu apenas que "se for possível" ocorrerá algum ajustamento ainda este ano, mas garantiu que no final do curso de formação de novos agentes, em 2013, será dada prioridade aos Açores.
Miguel Macedo rejeitou ainda que existam viaturas policiais paradas por falta de dinheiro para manutenção, frisando que o problema reside nos procedimentos administrativos demasiado demorados.
O ministro da Administração Interna assegurou ainda que o governo português "assume" as suas responsabilidades em termos de formação dos agentes policiais nos Açores.
A falta de meios humanos foi um dos problemas levantados pelo comandante regional da PSP/Açores, Barros Correia, salientando que se registou nos últimos anos uma redução de efeitos que, apesar de ser pouco significativa, "faz toda a diferença".
Apesar das dificuldades existentes, frisou que a PSP nos Açores "soube estar à altura dos desafios que lhe foram colocados".

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