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Deixou tudo tratado com a agência funerária
«Comunico que faleci», pode ler-se num anúncio publicado na secção de necrologia do jornal «Correio da Manhã». Parece brincadeira de mau gosto, mas é verdade. Não é brincadeira. E é triste.
Jack Klaim viveu muito. Noventa anos. Dir-se-á que é a ordem natural das coisas, mas há outra história que se lê nas entrelinhas deste comunicado de jornal: Jack Klaim morreu muito antes desta morte física. Morreu de solidão.
«Não há solidão mais triste do que a do homem sem amizade. A falta da família faz com que o mundo pareça um deserto», acrescenta o anúncio que deixou tratado com uma agência funerária para que o divulgasse quando morresse. Jack Klaim era viúvo e estava afastado dos dois filhos.
O CM conta que o americano vivia em Portugal desde a Segunda Guerra Mundial, após ter sido atirador de bombardeiros ao serviço dos Estados Unidos e ajudado muitos refugiados a fugir da Europa. Óbito: Afastado da família, encarava a vida como um deserto
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