Hipótese de polícia única avançada pelo PSD divide os representantes das diversas forças
O PSD não exclui a hipótese de analisar a hipótese da unificação das polícias portuguesas. O tema é recorrente e agrada a alguns sindicatos da PSP e GNR, as duas forças de segurança mais numerosas.
O tema da unificação foi aflorado ontem, durante uma reunião do PSD e representantes das diversas forças de segurança nacionais. O vice-presidente dos sociais-democratas, José Pedro Aguiar Branco, anunciou que o seu partido está disposto a analisar uma eventual junção. Esta medida foi, entretanto, saudada pelo Sindicato dos Profissionais da Polícia (SPP) da PSP e pela Associação dos Profissionais da Guarda (APG) da GNR.
Os presidentes destas duas estruturas disseram defender desde jáque uma futura polícia unificada deve ficar na dependência do Ministério da Administração Interna.
"Evitava-se a sobreposição de tarefas", diz o presidente do SPP, António Ramos. "Aumentava-se a eficácia e a funcionalidade", refere José Manageiro, presidente da APG. Estas foram, de resto, as duas vozes que mais defenderam a unificação. Para Paulo Rodrigues, presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP), o maior sindicato da PSP, a ocasião "não é a ideal para se discutir a junção das polícias".
"O que entendemos é que qualquer mudança que se faça nas forças policiais não deve ser feita com o intuito de poupar dinheiro, mas sim no interesse da segurança dos cidadãos", acrescentou.
Satisfeito com o resultado da reunião estava o presidente da Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal (ASFIC) da PJ. Carlos Anjos entende que as opiniões expressas vão no sentido de reforçar as actuais competências da PJ e manifesta o desejo de que a PSP e a GNR continuem a ganhar autonomia na investigação da pequena criminalidade.
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