quarta-feira, julho 20, 2011

PSP: fim dos estágios traz novos polícias

TVI24

(Foto Cláudia Lima da Costa)Jornal avança que medida é para combater a criminalidade. Presidente da ASPP diz que são apenas questões orçamentais.

O presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP), considera que a eliminação dos estágios nos cursos de formação da classe vai permitir a integração de novos elementos no final do mês.

«Não havendo estágio, penso que no final do mês há condições de os elementos estarem disponíveis para integrar as esquadras de polícia», disse Paulo Rodrigues à agência Lusa.

O presidente da ASPP defendeu que a eliminação dos estágios dos agentes já era esperada «há alguns meses», principalmente depois de uma reunião realizada com o director da Escola Prática de Polícia, que levantou dúvidas sobre a possibilidade de realizar o estágio «por dificuldades orçamentais».

«Consideramos que os cursos devem ser remodelados. Porque o que está a acontecer com este curso já aconteceu noutras alturas por questões orçamentais», indicou, reagindo a uma notícia do «Diário Económico».

Segundo o jornal, o Governo vai antecipar a incorporação de 2.000 novos agentes, eliminando os estágios que deveriam terminar em Outubro.

Actualmente, os cursos realizam-se de três em três anos e integram cerca de 1.000 alunos, mas Paulo Rodrigues defendeu que devem passar a ser anuais, com cerca de 300 estudantes.

Com esta medida, segundo Paulo Rodrigues, «haveria por parte do Governo uma ideia clara e objectiva sobre o valor que estava em causa». «Sobre aquilo que iria gastar todos os anos para formar polícias», explicou.

Ao contrário do que avança o «Diário Económico», segundo o qual a medida de eliminar os estágios pretende reforçar a GNR e a PSP no combate à criminalidade e corresponder à urgência dos pedidos a nível nacional, Paulo Rodrigues defendeu que tudo se resume a questões orçamentais.

«A necessidade é constante. Não penso que seja só por necessidade efectiva. É tradicional a falta de efectivos. O que estará por trás, na verdade, são questões orçamentais», sublinhou.

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