Economico
Eliminação dos estágios dos agentes permite reduzir de Outubro para Julho o momento da ida para o terreno.
O Governo vai antecipar a incorporação de dois mil novos agentes,
entre outras medidas, para reforçar a GNR e a PSP no combate à
criminalidade e corresponder à urgência dos pedidos a nível nacional. Os
estágios desses novos agentes, que deveriam terminar apenas em Outubro,
serão eliminados para permitir que comecem já a trabalhar no terreno
colaborando no combate ao crime. A decisão corresponde também ao que
define no Programa do Governo, de reforço do efectivo, maior
visibilidade das polícias, e criação de concursos anuais para admissão
na GNR e na PSP.
A antecipação da incorporação destes dois mil agentes (mil para a PSP
e outros tantos para a GNR) deverá ser anunciada amanhã às 12h00 em
Albufeira pelo ministro da Administração Interna, Miguel Macedo. No caso
da GNR, e segundo apurou o Diário Económico junto de fonte próxima do
processo, a incorporação já avançou. Um despacho do comandante geral da
GNR colocou em marcha a decisão de enviar para o terreno os mil
formandos da guarda, independente do período de estágio que deviam
prolongar até Outubro. E a PSP também já recebeu instruções no mesmo
sentido.
A urgência do combate e a falta de efectivos a nível nacional
denunciada pelas forças de segurança e outras entidades terão induzido a
actual medida destinada a travar o agravamento da criminalidade.
Sobretudo a criminalidade grave e violenta. E em especial nas zonas mais
"quentes" do País como Lisboa, Porto, Setúbal e Açores, além de
Albufeira que apesar do registo apenas sazonal de aumento criminalidade,
provocou grande preocupação nos últimos meses. Estes dois mil novos
agentes da GNR e da PSP, a integrar mais cedo do que o previsto, estão a
ser formados há cerca de um ano e tinham sido anunciados pelo anterior
ministro da Administração Interna, Rui Pereira, como reforços das
polícias. Esta transição do anterior Governo para o actual confirma,
também, que a medida a implementar pelo actual ministro da Administração
Interna, Miguel Macedo, terá impacto nulo ou reduzido em termos
orçamentais. Solicitado pelo Diário Económico, o Ministério da
Administração Interna não prestou declarações ou esclarecimentos sobre
as medidas.
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