Acidente: Resultados médicos
Exames realizados ao actor garantem a inexistência de vestígios de substâncias ilícitas.
Os resultados dos exames toxicológicos realizados ao
corpo do cantor e actor Angélico Vieira, de 28 anos, enquanto esteve
internado no Hospital de Santo António, no Porto, não deixam margem para
qualquer dúvida. No momento do despiste fatal, na madrugada de 25 de
Junho, ao quilómetro 258 da A1, junto ao nó de Estarreja, o artista, que
começou a sua carreira nos ‘Morangos com Açúcar', não estava sob o
efeito de qualquer tipo de drogas ou álcool.
As
autoridades esperam, agora, os resultados dos exames feitos após a
autópsia. No entanto, estes exames médicos irão demorar ainda algumas
semanas e não serão tão conclusivos quanto o primeiro, uma vez que só
foram realizados depois de ter sido declarado o óbito do actor, ou seja,
três dias depois do acidente fatal, que roubou a vida ao ex-namorado de
Rita Pereira e a um dos seus melhores amigos - Hélio Filipe Van Dunem,
de 25 anos. Armanda Leite, 17 anos, namorada de Hélio, ainda está
internada no Hospital de Santo António, em coma induzido.
A
pesquisa de vestígios de álcool e drogas no jovem cantor foi feita logo
após este ter entrado no hospital, uma situação que, soube o CM, é de
rotina em caso de acidentes. Foi imediatamente afastada a hipótese de
Angélico Vieira ter consumido substâncias ilícitas ou estar alcoolizado
no momento em que perdeu o controlo do carro.
Os
exames toxicológicos dão mais força aos resultados da investigação do
Destacamento de Trânsito da GNR de Aveiro, que adiantaram que terá sido o
excesso de velocidade do BMW Cabriolet 635 e a falta de pneus adequados
a causar o acidente.
FILOMENA ERA CONTRA DOAÇÃO
Inicialmente,
a mãe de Angélico, Filomena Vieira, terá sido contra a doação dos
órgãos do filho. No entanto, depois de uma pesquisa na base de dados,
foi possível perceber que o cantor não estava na lista das pessoas ‘não
dadoras'. Logo, e ao abrigo da lei, o jovem era um possível dador, o que
veio mesmo a acontecer. Os testes sobre o estado dos órgãos começaram a
ser feitos no domingo após a morte cerebral.
DONO DO STAND AUGUSCAR TEVE DE PAGAR 500 EUROS DE MULTA À GNR
Assim
que teve conhecimento do terrível acidente do amigo Angélico, na A1, em
Estarreja, Augusto Fernandes, dono do BMW, acorreu de imediato ao
local. Depois de identificado pela Unidade de Trânsito da GNR, o homem
assumiu-se como o dono do veículo, uma vez que o carro estava em nome do
seu stand. Como o veículo não tinha seguro, Augusto teve de pagar, na
hora, uma multa no valor de 500 euros. Às autoridades, que investigam o
acidente, resta agora saber se Augusto e Angélico teriam negociado, com o
intuito de venda, o veículo ou se este teria sido apenas emprestado.
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