CM
Investigador da Judiciária, ligado ao crime económico, caiu em escuta a solicitar serviços de mulheres portuguesas para colegas estrangeiros.(...)Há escutas telefónicas entre os meios de prova usados pela PSP na investigação à rede de prostituição instalada em Lisboa – e, ao ligar a um dos angariadores a solicitar serviços de mulheres para colegas brasileiros, caiu um inspector da Judiciária, apurou o CM. Ligado ao crime económico, o investigador solicitou prostitutas portuguesas, a pedido de polícias estrangeiros que tinham vindo ao nosso País cumprir uma diligência num processo.
Este investigador da PJ é um dos muitos homens que...PINOTA E SÓCIO DESVIAM LUCROS DO SITE DO FISCO
O site Momentos de Prazer, gerido por Carlos Pinota e o seu sócio, Miguel M., estaria dentro da legalidade se, pelo negócio que ainda mantêm na internet, passasse alguma factura. Os anúncios que aparecem em todos os jornais generalistas nacionais (apenas o ‘i’ não tem) são regulados. Acontece que, segundo o CM apurou, nunca o jornalista ou o sócio o fizeram, incorrendo agora num crime de evasão fiscal. Deste modo, todo o dinheiro que entra nas suas contas – cada anúncio custa 170 euros por mês – é livre de impostos. Inicialmente, o site chegou a ter uma média de 100 anunciantes por mês, o que dava um lucro mensal de 17 mil euros, só com o site, que existe desde 2007. Mas há outros sites. Segundo a lei, a prostituição não é crime, mas o lenocínio sim, crime pelo qual Carlos Pinota está indiciado.
COMISSÃO DA CARTEIRA VAI OUVIR REPÓRTER
A Comissão da Carteira Profissional de Jornalista reuniu-se ontem à tarde e decidiu convocar o repórter da RTP para ouvir a sua versão dos factos. Tal como o CM já tinha avançado na terça-feira, o jornalista vai ser notificado para comparecer perante a comissão. Segundo o juiz que preside à entidade, Pedro Mourão, o que é importante descobrir "é se foram quebrados deveres profissionais". A questão criminal "tem apenas que ver com os tribunais". Descrevendo a situação como "preocupante", por haver uma série de suspeitas sobre o jornalista, o juiz diz, contudo, que "não se deve pôr o carro à frente dos bois".
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