sexta-feira, novembro 22, 2013

Sindicatos da polícia vão fazer novos protestos até que Governo responda

SIC


O líder da estrutura que congrega os sindicatos da polícia disse hoje que a luta continuará até que o Governo altere as condições contestadas e adiantou que uma das iniciativas pode ser uma greve  às multas. 

"Nós vamos continuar a lutar para que este estado de coisas seja alterado",  afirmou à Lusa o secretário nacional da Comissão Coordenadora Permanente  (CPP) dos Sindicados e Associações dos Profissionais das Forças e Serviços  de Segurança, Paulo Rodrigues. 
"Penso que a Comissão Coordenadora tem de reunir para falar daquilo  que aconteceu ontem (manifestação frente ao Parlamento na quinta-feira)  e todas as ações de protesto e iniciativas estão em cima da mesa", garantiu.
Admitindo que ainda não recebeu qualquer 'feedback' do Governo face  à manifestação de quinta-feira, Paulo Rodrigues reconheceu que uma das medidas  que poderá ser adotada é uma greve às multas. 
"Essa possibilidade surgiu ontem (na quinta-feira), mas não partiu nem  da CCP nem de nenhuma organização sindical que esteve presente na iniciativa",  disse. 
Segundo adiantou, a ideia surgiu quando "um papel começou a passar entre  os participantes na manifestação" e, embora não tenha sido proposta ou defendida  por nenhuma organização sindical, "é daquelas medidas que os profissionais  podem adotar" e que só depende da vontade de cada um. 
"Sei perfeitamente que há uma grande desmotivação, há uma grande revolta  e que todas as iniciativas que possam refletir o protesto e essa desmotivação  podem vir a acontecer", disse o sindicalista. 
Milhares de polícias manifestaram-se na quinta-feira em Lisboa e conseguiram  chegar à entrada principal da Assembleia da República, onde cantaram o hino  nacional e desmobilizaram voluntariamente.  
Em declarações à Lusa na quinta-feira, Paulo Rodrigues explicou que  a invasão da escadaria da Assembleia da República foi uma "ação simbólica"  e "um estado de revolva" contra a governação do país. 
"O que aconteceu aqui foi um estado de revolta", disse, adiantando que  não se registaram agressões nem feridos, e que a iniciativa partiu de uma  "atitude espontânea". 
Apesar das declarações do sindicalista, a agência Lusa testemunhou no  local a existência de um manifestante ferido durante os acontecimentos junto  à Assembleia da República. 
  Lusa

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