sexta-feira, novembro 22, 2013

PAULO GOMES, DIRETOR DA PSP

DN

"Saio com a consciência perfeitamente tranquila"

O DN teve acesso em primeira mão a uma carta de despedida que o diretor da PSP enviou por mail ao seu efetivo, a explicar a sua decisão.
O diretor Nacional da PSP diz que deixa o seu cargo com a "consciência perfeitamente tranquila".
Numa carta enviada ao efetivo, através do mail interno da PSP, Paulo Gomes dá, de forma indireta, o seu apoio à atuação policial no Parlamento: "sempre agimos orientados pelos princípios da legalidade, da proporcionalidade, da adequação de meios e, acima de tudo, pelo respeito intransigente dos direitos fundamentais dos cidadãos".
Paulo Gomes assinala as "dificuldades que o país, e inevitavelmente a PSP, atravessam neste momento" salientando que a sua preocupação "é zelar pelo superior interesse da grande instituição que é a nossa PSP".
Finaliza prometendo que vai "continuar a servir a Pátria com o mesmo empenho de sempre".
CARTA DE DESPEDIDA
"Senhores Oficiais, Dirigentes, Chefes, Agentes e pessoal técnico de apoio à atividade operacional da Polícia de Segurança Pública
Como é do vosso conhecimento, decidi, de forma consciente e serena, solicitar a S. 
Excelência o Ministro da Administração Interna a cessação de funções do cargo de 
Diretor Nacional da Polícia de Segurança Pública (PSP).
Fi-lo na convicção de que a PSP é uma Instituição com 150 de História e de permanentes 
sucessos: temos sabido cumprir a nossa missão com grande profissionalismo e 
inteligência, correspondendo a todas as exigências operacionais de segurança interna. 
Sempre agimos orientados pelos princípios da legalidade, da proporcionalidade, da 
adequação dos meios e, acima de tudo, pelo respeito intransigente dos direitos 
fundamentais do cidadão.
Vós, polícias de hoje e de ontem, constituís o pilar fundamental desta sólida organização, 
sendo cada vez mais essenciais ao fortalecimento do Estado de Direito.
Eu, tal como vocês, cumprimos um “juramento de morte”: servir Portugal e os 
portugueses.
Saio com a consciência perfeitamente tranquila e com o sentimento do dever cumprido, 
graças ao apoio e dedicação dos membros desta Direção e de todos vós, sem exceção.
Sabemos das dificuldades que o país, e inevitavelmente a PSP, atravessam neste 
momento e a minha profunda preocupação é zelar pelo superior interesse da grande 
Instituição que é a nossa PSP.
Apelo, por isso, a que continuemos a dignificar e a elevar cada vez mais alto, todos os 
dias e a todas as horas, os valores e as virtudes da Polícia de Segurança Pública.
Tenho muito orgulho em ter sido o vosso Comandante e Diretor.
Vou continuar a servir a minha Pátria com o mesmo empenho de sempre.
Paulo Jorge Valente Gomes
Superintendente"

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