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CGTP garante que não está a fomentar a violência, mas não vai desistir dos protestos. Várias dezenas de sindicalistas invadiram na terça-feira quatro ministérios, após a aprovação do Orçamento do Estado para 2014.
A PSP desmente que esteja em marcha um reforço especial nos ministérios, após as invasões de várias dezenas de sindicalistas, na terça-feira, aos átrios dos ministérios da Economia, Finanças, Ambiente e Saúde.
O “Diário de Notícias” avança na sua edição desta quarta-feira que teriam sido destacados, em média, 20 agentes para cada um dos ministérios, na sequência da acção da CGTP. De acordo com o jornal, a iniciativa não foi antecipada pelo SIS nas avaliações de ameaças relacionadas com as manifestações, adiantando ainda que se criou um clima de mal-estar na PSP por considerarem ter havido uma falha do Serviço de Informações de Segurança (SIS) na antecipação deste tipo de ação de protesto.
A Renascença fez uma ronda esta manhã pelos ministérios e não encontrou qualquer reforço de segurança. Fonte da PSP explica que os meios foram reforçados apenas ontem, para lidar com os protestos.
O vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, escusou-se a comentar esta manhã as invasões, referindo que "cada um tem a sua agenda". Questionado pelos jornalistas à margem da oitava edição do Portugal Exportador, respondeu: "Uns dedicam-se às exportações e outros a manifestarem-se".
CGTP diz que não estar a fomentar violência O secretário-geral da CGTP considera que este Governo não está aberto ao diálogo, mas afastou a ideia dos Serviços Secretos terem de se preocupar com as acções da central sindical.
"Creio que o SIS tem mais com que se preocupar do que com as lutas dos trabalhadores e as intervenções e acções da CGTP", afirmou Arménio Carlos, acrescentando que os representantes da central sindical não pretendem gerar violência, mas "combater a violência das políticas" do Governo.
"Se o SIS se quiser preocupar, pode preocupar-se e acompanhar de uma forma mais permanente a fraude de evasão fiscal, aqueles que têm aqui os lucros e não pagam impostos, aqueles que estão envolvidos em negócios de alto gabarito sem qualquer tipo de penalização, é por aí que o SIS deve intervir e não tanto estar preocupado com as lutas dos trabalhadores e muito menos com a intervenção da CGTP", defendeu.
A invasão dos ministérios foi, segundo o secretário-geral da CGTP, uma iniciativa inserida no dia da Indignação, Protestos e Lutas, como classificou a central sindical ao dia da aprovação do Orçamento do Estado para 2014.
"A nossa estratégia é só uma: pôr termo à violência desta política que está não só a esmagar os rendimentos dos trabalhadores e pensionistas como a dizimar o desemprego, a forçar os nossos jovens a emigrar e também a deixar os nossos desempregados sem qualquer tipo de protecção social", justificou.
"É uma estratégia de luta contra a violência que este Governo está a desenvolver contra o país e contra o povo português", acrescentou.
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