quarta-feira, novembro 27, 2013

PSP desmente reforço especial nos ministérios após invasão

RR

CGTP garante que não está a fomentar a violência, mas não vai desistir dos protestos. Várias dezenas de sindicalistas invadiram na terça-feira quatro ministérios, após a aprovação do Orçamento do Estado para 2014.
A PSP desmente que esteja em marcha um reforço especial nos ministérios, após as invasões de várias dezenas de sindicalistas, na terça-feira, aos átrios dos ministérios da Economia, Finanças, Ambiente e Saúde.

O “Diário de Notícias” avança na sua edição desta quarta-feira que teriam sido destacados, em média, 20 agentes para cada um dos ministérios, na sequência da acção da CGTP. De acordo com o jornal, a iniciativa não foi antecipada pelo SIS nas avaliações de ameaças relacionadas com as manifestações, adiantando ainda que se criou um clima de mal-estar na PSP por considerarem ter havido uma falha do Serviço de Informações de Segurança (SIS) na antecipação deste tipo de ação de protesto. 

Renascença fez uma ronda esta manhã pelos ministérios e não encontrou qualquer reforço de segurança. Fonte da PSP explica que os meios foram reforçados apenas ontem, para lidar com os protestos. 

O vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, escusou-se a comentar esta manhã as invasões, referindo que "cada um tem a sua agenda". Questionado pelos jornalistas à margem da oitava edição do Portugal Exportador, respondeu: "Uns dedicam-se às exportações e outros a manifestarem-se". 

CGTP diz que não estar a fomentar violência O secretário-geral da CGTP considera que este Governo não está aberto ao diálogo, mas afastou a ideia dos Serviços Secretos terem de se preocupar com as acções da central sindical.

"Creio que o SIS tem mais com que se preocupar do que com as lutas dos trabalhadores e as intervenções e acções da CGTP", afirmou Arménio Carlos, acrescentando que os representantes da central sindical não pretendem gerar violência, mas "combater a violência das políticas" do Governo. 

"Se o SIS se quiser preocupar, pode preocupar-se e acompanhar de uma forma mais permanente a fraude de evasão fiscal, aqueles que têm aqui os lucros e não pagam impostos, aqueles que estão envolvidos em negócios de alto gabarito sem qualquer tipo de penalização, é por aí que o SIS deve intervir e não tanto estar preocupado com as lutas dos trabalhadores e muito menos com a intervenção da CGTP", defendeu.

A invasão dos ministérios foi, segundo o secretário-geral da CGTP, uma iniciativa inserida no dia da Indignação, Protestos e Lutas, como classificou a central sindical ao dia da aprovação do Orçamento do Estado para 2014. 

"A nossa estratégia é só uma: pôr termo à violência desta política que está não só a esmagar os rendimentos dos trabalhadores e pensionistas como a dizimar o desemprego, a forçar os nossos jovens a emigrar e também a deixar os nossos desempregados sem qualquer tipo de protecção social", justificou. 

"É uma estratégia de luta contra a violência que este Governo está a desenvolver contra o país e contra o povo português", acrescentou.

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