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As restrições à circulação automóvel e pedonal no Parque das Nações, em Lisboa, começam já amanhã e prolongam-se até ao próximo domingo. Os condicionamentos impostos pela realização da cimeira da NATO também se vão sentir nos acessos ao Campus de Justiça, cujos utentes e funcionários estão a ser aconselhados a utilizar transportes públicos e a “não trazer grandes volumes de modo a auxiliar a revista policial e facilitar as entradas”.Em informação publicada no site da Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa, o Ministério Público alerta que “a Avenida João II será cortada entre a rotunda junto ao Vasco da Gama e a rotunda junto ao Campus de Justiça, entre as 15h00 de dia 19 de Novembro e as 17h00 de dia 20 de Novembro”. Assim sendo, o acesso automóvel deverá ser feito através da Praça José Queirós, em Moscavide. Já os peões deverão aceder ao Campus de Justiça pela Avenida João II, se forem funcionários, ou pela Rua do Mar da China, no caso dos “advogados, peritos, intérpretes e amigos e familiares dos detidos”.
A entrada no Campus de Justiça pela Alameda dos Oceanos será vedada porque essa artéria está incluída no perímetro de interdição estabelecido, no qual como já divulgou a PSP só poderão circular viaturas ou pessoas que pertençam à cimeira ou que estejam credenciadas. O Ministério Público apela à utilização dos transportes públicos para chegar ao Parque das Nações e lembra que haverá revistas policiais no acesso à zona onde se concentram os tribunais de Lisboa.
Diligências judiciais adiadas
O PÚBLICO apurou ainda que está a ser feito um apelo interno a procuradores e juízes para que restrinjam ao mínimo indispensável a realização de diligências durante a próxima semana no Campus de Justiça. Uma decisão que terá efeitos no andamento de vários casos, tendo-se já traduzido no adiamento da audição de uma pessoa no caso que envolve o Banco Português de Negócios numa alegada burla na obtenção de crédito com garantias fictícias.
Entre segunda e domingo estará em vigor no Parque das Nações o chamado perímetro de interdição, delimitado a Nascente pelo Tejo, a Poente pela Alameda dos Oceanos, a Norte pela Avenida da Boa Esperança entre a Rotunda dos Vice-Reis e a Torre Vasco da Gama e a Sul do entroncamento da Rua do Caribe em direcção à pala do Pavilhão de Portugal até à Doca dos Olivais. Na sua envolvente será estabelecido, embora só a partir de quinta-feira mas também até dia 21 de Novembro, um perímetro condicionado, que passa pela Avenida da Boa Esperança, Rua do Pólo Norte, Avenida do Indico, Praça do Oriente, Avenida D. João II, Rua do Caribe e Alameda dos Oceanos, terminando junto ao Oceanário.
Falta informação
Em torno da cimeira da NATO têm surgido uma série de críticas de falta de informação, nomeadamente de quem vive e trabalha na cidade e continua a desconhecer grande parte dos constrangimentos com que se confrontará esta semana. O mesmo veio dizer a Associação Portuguesa de Técnicos de Segurança e Protecção Civil, que questionou em comunicado se “a segurança está acautelada e garantida”. A PSP agendou para segunda-feira uma conferência de imprensa sobre a cimeira.
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