Processo avança no Porto para se generalizar posteriormente a todo o país
O ministro da Administração Interna, Rui Pereira, anunciou esta quarta-feira no Porto o início de um processo para certificação de qualidade da PSP e da GNR.
Rui Pereira, que falava aos jornalistas à margem da conferência internacional «Forças de Segurança: Qualidade e Excelência», disse que a certificação avança no Porto para se generalizar posteriormente a todo o país.
O ministro não adiantou uma previsão sobre a altura em que a certificação de qualidade estará no terreno, argumentando que «o processo só agora está a dar os seus primeiros passos».
O processo, que o titular da pasta da Administração Interna classificou de «pioneiro», vai permitir avaliar «de forma mais sistemática e mais científica», a formação dos polícias, o cumprimento da sua missão e as condições materiais para o exercício do seu trabalho.
Referindo-se aos critérios a adoptar para medir a qualidade do serviço policial, com vista à sua certificação, Rui Pereira declarou: «É evidente que não há nenhuma fita métrica propriamente dita, mas existem parâmetros que têm de ser verificados» e que vão agora ser especificados.
Perante os jornalistas, Rui Pereira relevou ainda a circunstância de o primeiro passo para a certificação da PSP e da GNR ser dado numa cidade onde foi celebrado o primeiro Contrato Local de Segurança (o do Cerco do Porto).
No discurso de abertura da conferência «Forças de Segurança: Qualidade e Excelência», Rui Pereira sublinhou as transformações operadas após o 25 de Abril na PSP e na GNR, ainda que mantenham como primeira missão comum a manutenção da ordem pública.
Destacou nomeadamente o trabalho que desenvolvem na investigação criminal, «sem prejuízo das competências reservadas da Polícia Judiciária», na prevenção da sinistralidade rodoviária, no apoio à Protecção Civil e nas missões no estrangeiro.
Relevou, por outro lado, a «mais-valia» obtida com a admissão «generalizada» de mulheres nos dois corpos de polícia e a institucionalização da vida associativa interna «sem pôr em causa a disciplina e a coesão».
Disse ainda que as polícias são controladas pela Inspecção-Geral da Administração Interna, uma entidade fiscalizadora dirigida por um magistrado de topo.
Na conferência «Forças de Segurança: Qualidade e Excelência», que se prolonga por todo o dia de hoje, estão presentes convidados das polícias espanholas. «Vieram comunicar a sua experiência» nesta matéria, explicou o ministro Rui Pereira.
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