terça-feira, outubro 19, 2010

Promovidos têm agora de pagar as insígnias: 'Congelamento' do fundo destinado ao fardamento obriga 58 polícias a adiantar dinheiro

DN Madeira

'Congelamento' do fundo destinado ao fardamento obriga 58 polícias a adiantar dinheiro

Depois de esperarem um ano pela progressão, os polícias promovidos foram surpreendidos com a factura das insígnias.
Os 58 polícias madeirenses, entre os quais o comandante regional, que foram recentemente promovidos através dos concursos internos da PSP, estão a ser notificados para adiantar o pagamento das insígnias com os distintivos referentes às novas categorias.
A cerimónia de nomeação para as promoções aos postos de superintendente, intendente, comissário, chefe e agente principal decorreu na Direcção Nacional da PSP a 1 de Outubro, e nos comandos regionais e metropolitanos do país no dia 4.
Na Madeira, foram 58 os polícias que viram desbloqueada a progressão nas carreiras depois de esperarem mais de um ano pelo reconhecimento dos resultados do concurso interno. A situação foi desbloqueada pelo ministro da Administração Interna, às primeiras horas da concentração nacional por tempo indeterminado que teve a adesão de sete sindicatos de Polícia a 23 de Setembro último.
Por cá, a cerimónia de nomeação dos quadros para as novas categorias decorreu no salão nobre do Comando Regional da PSP fez segunda-feira oito dias mas, a partir de então, os contemplados têm sido informados de que devem se dirigir ao departamento de logística, na Penteada, para efectuarem o pagamento das insígnias com os distintivos das novas categorias: 18,23 euros cada.
Esta situação inédita e algo caricata que afecta também cerca de 1.500 polícias em todo o país, é denunciada pela Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP). "Neste momento se eu quiser levantar material para fardamento, tenho de pagar do meu bolso", expressa Jorge Silva a indignação dos polícias.
É que o subsídio de fardamento está 'congelado' desde Janeiro, não podendo ser usado pelos quadros agora promovidos.
O dirigente regional da ASPP explica que, antes, o subsídio de fardamento era transferido mensalmente por duodécimos no valor de 5,20 euros para uma conta gerida pelos agentes. Entretanto, o novo estatuto veio alterar o apoio para uma única prestação anual no valor de 150 euros que seria disponibilizado em Janeiro. Mas tal nunca chegou a acontecer.
Jorge Silva lamenta que a Direcção Nacional só se tenha lembrado de descontar o vencimento dos polícias que excederam o montante depositado para a compra de fardamento. Já os que tinham um saldo positivo na conta, estão impedidos de usar o fundo para renovar a farda ou pagar as insígnias.

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