sábado, outubro 16, 2010

Polícia impedida de fazer greve adopta luta pedagógica

DN
Profissionais dos serviços e forças de segurança, impedidos de fazer greve, decidiram hoje participar na manifestação de 06 Novembro e assumir uma "postura mais preventiva do que repressiva" a 24 de Novembro, contra o plano de austeridade.

A decisão resultou da reunião de hoje da Comissão Coordenadora Permanente (CCP) dos Sindicatos e Associações dos Profissionais das Forças e Serviços de Segurança, em que foi analisado o plano de austeridade e os reflexos para o sector.
A CCP, de que fazem parte os sindicatos e associações mais representativos do sector da segurança interna, manifestou-se "frontalmente contra" o plano de austeridade, tendo para tal decidido participar na manifestação de 06 de Novembro, convocada pela frente comum da função pública.
Impedidos de fazer greve, a ideia é que os agentes façam pedagogia no dia da greve geral. Para 24 Novembro, dia da greve geral, a CCP vai apelar aos profissionais dos serviços e forças de segurança para que desenvolvam acções preventivas e só em situações limites adoptem uma atitude repressiva.
"Vamos pedir para que tenham uma atitude pedagógica e privilegiem exageradamente a prevenção, sem pôr causa a segurança dos cidadãos, e que só utilizem a repressão em casos mesmo necessário", disse à agência Lusa Paulo Rodrigues, secretário nacional da CCP.
Sobre a possibilidade da Guarda Prisional, Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), estruturas que fazem parte da CCP e têm direito à greve, aderirem à paralisação de 24 de Novembro, Paulo Rodrigues adiantou que tal decisão será anunciada a 04 de Novembro num encontro nacional de dirigentes e delegados dos serviços e forças de segurança.
O secretário nacional da CCP afirmou que "há um descontentamento generalizado ao nível das várias forças e serviços de segurança".
"Não faz sentido que as medidas de austeridade se apliquem aos profissionais dos vários serviços e forças de segurança. São políticas que prejudicam os profissionais, mas também o funcionamento das instituições", sustentou, adiantando que pode estar "em causa a segurança do país"....

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