quarta-feira, outubro 06, 2010

Confederação Europeia de Polícia acusa PSP de perseguição

Diário IOL

Representantes da EuroCop estiveram em Portugal, mas ministro não os recebeu. Sindicalistas consideram «indigno de uma república democrática» a suspensão do presidente do SINAPOL

A Confederação Europeia de Polícia (EuroCop) pediu ao ministro da Administração Interna de Portugal para garantir os direitos fundamentais dos representantes sindicais da polícia, avança a agência Lusa.
Dois representantes da EuroCop estiveram esta quarta-feira em Lisboa, onde mantiveram reuniões com representantes de todos os partidos políticos, à excepção do PS, para abordar a questão da liberdade sindical na polícia e da recente suspensão preventiva do presidente do Sindicato Nacional da Polícia (SINAPOL), Armando Ferreira.
A Confederação Europeia de Polícia pediu também uma reunião ao ministro da Administração Interna, Rui Pereira, mas, segundo a EuroCop, este recusou o encontro.
Numa conferência de imprensa, realizada na sede do SINAPOL, em Lisboa, Jan Schonkeren, membro do comité executivo da EuroCop, considerou «indigno de uma república democrática» a suspensão de um presidente de um sindicato de polícia, sublinhando que Armando Ferreira está a ser «vítima de perseguição».
Jan Schonkeren adiantou que a confederação está «desapontada» com o ministro Rui Pereira por ter «recusado» discutir a suspensão do presidente do SINAPOL.
«É da responsabilidade de qualquer ministro de um estado democrático garantir que os direitos substantivos e processuais sejam respeitados na polícia, mesmo em Portugal», afirmou.
O membro do comité executivo da EuroCop sublinhou ainda que o ministro português «deu a impressão que não estava interessado» em dialogar sobre o assunto.
A Direcção Nacional da PSP anunciou a 08 de Setembro a instauração de um processo disciplinar e «a suspensão preventiva» da Polícia ao presidente do Sindicato Nacional da Polícia, Armando Ferreira, pela difusão de um pré-aviso de greve e «posteriores declarações» à comunicação social.
A suspensão, de 90 dias, foi resultado da difusão de um pré-aviso de greve do SINAPOL para o período entre 19 e 21 de Novembro, durante a realização da cimeira da NATO em Lisboa.
 
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