Os ministros da Defesa e das Finanças estiveram cara a cara com os quatro chefes militares, numa reunião inédita. O encontro aconteceu esta terça-feira, no Ministério da Defesa. A situação nas Forças Armadas, com menos verbas e congelamento das promoções, é das mais complicadas dos últimos anos e, por isso, requereu esforços excepcionais.Do encontro, saíram alguns sinais positivos, com o Governo a aceitar que possa haver, em alguns casos, promoções com respectivo aumento salarial.
O ministro da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco, já tinha admitido, como forma de compatibilizar os cortes orçamentais com as necessidades específicas da hierarquia militar, que pudessem existir promoções sem pagamento equivalente – um princípio que as associações militares contestaram de imediato.
A solução agora encontrada passa por deixar os ramos gerirem as suas verbas para pessoal de forma mais livre. Ou seja, se dispensarem efectivos, poderão usar o dinheiro assim poupado para promover outros militares.
O acordo com a troika prevê que as Forças Armadas cortem cerca de quatro mil homens (10% dos efectivos) até 2013. Quanto mais rápido se der esse emagrecimento, mais dinheiro pode ser usado nas promoções. O ministro das Finanças, Vítor Gaspar, autoriza este procedimento, apurou o SOL.
Cavaco pressionou solução
A reunião entre ministros e chefias militares foi uma iniciativa de Aguiar-Branco, mas foi inspirada e concertada com o Presidente da República, que é o Comandante Supremo das Forças Armadas.
Segundo apurou o SOL, Cavaco Silva tem sido muito pressionado a agir. Os chefes militares, nos últimos meses, têm feito chegar ao Chefe da Casa Militar do Presidente as suas queixas e preocupações, nomeadamente, sobre a questão do congelamento das promoções.
O convite do ministro da Defesa aos restantes intervenientes na reunião foi feito há duas semanas, no mesmo dia em que reuniu o Conselho Superior de Defesa Nacional – que nada disse sobre as dificuldades orçamentais do sector.
Cavaco Silva, aliás, tem sido também pressionado publicamente pelas associações militares a travar o Orçamento do Estado, enviando-o para o Tribunal Constitucional. O encontro desta terça-feira, que serviu para acalmar as chefias, retirou assim alguma pressão sobre o próprio Presidente da República.
helena.pereira@sol.pt
O ministro da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco, já tinha admitido, como forma de compatibilizar os cortes orçamentais com as necessidades específicas da hierarquia militar, que pudessem existir promoções sem pagamento equivalente – um princípio que as associações militares contestaram de imediato.
A solução agora encontrada passa por deixar os ramos gerirem as suas verbas para pessoal de forma mais livre. Ou seja, se dispensarem efectivos, poderão usar o dinheiro assim poupado para promover outros militares.
O acordo com a troika prevê que as Forças Armadas cortem cerca de quatro mil homens (10% dos efectivos) até 2013. Quanto mais rápido se der esse emagrecimento, mais dinheiro pode ser usado nas promoções. O ministro das Finanças, Vítor Gaspar, autoriza este procedimento, apurou o SOL.
Cavaco pressionou solução
A reunião entre ministros e chefias militares foi uma iniciativa de Aguiar-Branco, mas foi inspirada e concertada com o Presidente da República, que é o Comandante Supremo das Forças Armadas.
Segundo apurou o SOL, Cavaco Silva tem sido muito pressionado a agir. Os chefes militares, nos últimos meses, têm feito chegar ao Chefe da Casa Militar do Presidente as suas queixas e preocupações, nomeadamente, sobre a questão do congelamento das promoções.
O convite do ministro da Defesa aos restantes intervenientes na reunião foi feito há duas semanas, no mesmo dia em que reuniu o Conselho Superior de Defesa Nacional – que nada disse sobre as dificuldades orçamentais do sector.
Cavaco Silva, aliás, tem sido também pressionado publicamente pelas associações militares a travar o Orçamento do Estado, enviando-o para o Tribunal Constitucional. O encontro desta terça-feira, que serviu para acalmar as chefias, retirou assim alguma pressão sobre o próprio Presidente da República.
helena.pereira@sol.pt
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