Surgiram notícias sobre elementos da PSP que terão sido demitidos por não reunirem condições para exercer funções na instituição. Alguns comentadores apressaram-se a dar ênfase à situação pelo lado mais negativo, mas mal, pondo de parte o bom trabalho de todos os outros polícias.
São casos pontuais, e algumas das situações prendem-se com elementos que já não estão na PSP ou estão aposentados. Falamos de uma Polícia que se confronta pontualmente com situações negativas, mas que tem sabido tratar de forma exemplar estas situações. Não podemos esquecer que a PSP é uma polícia uniformizada e que, no decorrer da sua missão, está exposta a todos os olhares e que muitas vezes o escrutínio da sua atuação é feito por quem a polícia incomoda. Em bom rigor, a PSP e o seu efetivo só têm de se orgulhar do exemplo de transparência que têm dado à sociedade. Tomara ao País que as atividades e pormenores da gestão interna das instituições do Estado, inclusive algumas organizações políticas, fossem tão divulgadas, comentadas e transparentes como tem acontecido com a PSP.
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Cerca de 1.700 agentes foram alvos de investigação
Os processos disciplinares instaurados a polícias diminuíram cerca de 13 por cento em 2012 em comparação com 2011, revelam dados da direção nacional da PSP avançados à agência Lusa.
Cerca de 1.700 polícias foram alvo de processos disciplinares no ano passado, tendo a direção nacional da PSP instaurado menos 254 do que em 2011.
Segundo a PSP, os processos instaurados no ano passado ainda estão, na sua maioria, a aguardar decisão o que inviabiliza uma resposta conclusiva quanto aos resultados.
Em 2011 e dos 1.954 processos instaurados, foram detetadas infrações disciplinares em 500, que resultaram na repreensão de 122 polícias, na suspensão de 65, na aposentação compulsiva de dois e na demissão de nove, além dos 302 agentes que foram multados.
Nos últimos seis anos a PSP instaurou cerca de 12.000 processos disciplinares.
O presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP), Paulo Rodrigues, disse à agência Lusa que a diminuição dos processos disciplinares é "o reflexo da evolução positiva da polícia".
"Os polícias estão mais preparados para desempenhar as tarefas", sublinhou, adiantando que têm "mais formação e uma consciência diferente", além de terem um melhor conhecimento das leis e dos procedimentos.
O presidente da ASPP sustentou que os polícias "cometem menos erros e estão mais preparados".
No entanto, Paulo Rodrigues afirmou que os polícias estão muito expostos e que qualquer situação pode dar origem a um processo disciplinar.
"Qualquer atuação, mesmo enquadrada nos regulamentos, pode levar a que um cidadão apresente queixa de um polícia", disse, sublinhando que um agente apenas tem que cumprir os regulamentos e a legislação.
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