quarta-feira, março 23, 2011

Custo da segurança dispara

CM


Violência: 1200 polícias nos dois clássicos em Abril vão custar 100 mil euros
Agressão a Luís Filipe Vieira obriga polícias a controlar ao máximo todas as deslocações de Benfica e FC Porto.
Há despesas sobretudo em combustível e ajudas de custo para polícias e militares deslocados. Nas outras seis deslocações que Benfica (3) e FC Porto (3) têm até final do campeonato, há agora ordens para vigilância intensa nas estradas pela GNR.
GRUPO ESTÁ POR IDENTIFICAR
A GNR ainda não identificou o grupo que arremessou pedras de um viaduto pedonal na A41, atingindo o carro de Luís Filipe Vieira. Os militares, que tinham vigiado os dois viadutos por onde a comitiva encarnada passou antes, esperam por informações úteis de quem saiba quem são os autores do crime.
DISCURSO DIRECTO
"ENCONTRAR E PUNIR OS CRIMINOSOS", Rui Pereira, Ministro da Administração Interna
CM – Como combater a sensação de impunidade no futebol?
Rui Pereira – Com ordem pública e prevenção, mas também com um reforço na investigação criminal, para que os criminosos sejam encontrados e punidos.– A GNR falhou na sua missão?
– A GNR faz um grande trabalho, é muito difícil cobrir toda a área em percursos que às vezes têm centenas de quilómetros.
– São guerras entre clubes?
– Não identifico nenhuma massa associativa como autora destes crimes, praticados por marginais. A maioria dos adeptos são ordeiros.
PEDRAS FURAM AUTOCARRO
A violência com que o saco de pedras bateu no tejadilho do autocarro da equipa foi de tal ordem que furou 2 centímetros a chapa. Só depois bateu no capô do carro de Vieira e saltou para o pára-brisas. "Se tem ido directamente ao pára-brisas, havia tragédia", disse um dirigente ao CM.
PROTEGIDOS PELA POLÍCIA
Atingido pelas pedras, o carro de Luís Filipe Vieira teve de ser rebocado. Também o autocarro que transportava os jogadores ficou retido no local, à espera de que as autoridades tomassem conta da ocorrência. A viagem foi retomada com escolta.
"REACÇÃO DO FC PORTO É ATAQUE AO MINISTRO"
As águias interpretaram o comunicado do FC Porto – onde "lamenta e condena" o apedrejamento à equipa e ao presidente encarnado – como um " ataque directo" ao ministro Rui Pereira. "Quando é que o FC Porto condenou a violência? No ano passado, emitimos um comunicado apelando à não violência dos adeptos na Taça de Portugal. Em contrapartida, fomos atacados dois dias consecutivos na ida ao Porto e este ano repetiu-se a cena. Nada disseram", resumiu ontem fonte do clube ao CM. A reacção oficial esteve a cargo de Rui Gomes da Silva. "Futebol é paixão e rivalidade, não é violência, nem criminalidade. Não pode valer tudo e aqueles que acham que sim estão a matar o futebol", afirmou.
Para o dirigente, vítima de agressão no Porto, os autores do ataque não passam de "vândalos, que têm beneficiado da clandestinidade das suas acções".

Nenhum comentário:

Postar um comentário