A evasão de dois detidos junto ao DCIAP trouxe a público uma acesa discussão sobre o equipamento distribuído às forças de segurança.
A extraordinária facilidade com que as algemas foram retiradas suscita pertinentes dúvidas acerca da sua fiabilidade, sobretudo em situações de maior risco. Esta é uma questão transversal a muito outro equipamento, igualmente obsoleto e sem condições de segurança. Independentemente de se achar ou não que este tipo de material deva ser alvo de fiscalização, a perspectiva de análise tem de forçosamente ser outra.
A verdade é que muito deste equipamento é custeado pelos próprios profissionais e aquele que existe é insuficiente, estando, em boa parte, ultrapassado, colocando em risco a sua integridade física. A criminalidade aprimora as suas técnicas e vai, progressivamente, tendo acesso a meios mais sofisticados, pelo que, paralelamente, deveriam as forças de segurança acompanhar esta evolução, em termos de eficácia na sua capacidade de resposta. Este episódio, por enquanto meramente ilustrativo, deveria fazer repensar o desinvestimento nas polícias, até porque a segurança não pode estar sujeita a poupanças cujas consequências se possam fazer sentir desta forma na tranquilidade pública.
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