Cada português trabalha metade do mês para pagar impostos ao Estado. Temos de o emagrecer.
Portugal passou a última década a estagnar. Para que isto não se repita, urge mudar de vida. Neste fim de ano, eis dez sugestões de mudança.
Poder político. Esta é a primeira mudança essencial. Só um governo maioritário cria condições para uma governação eficaz. Um governo que não se preocupe em agradar para ganhar eleições.
Competência. Precisamos de escolher governantes e deputados em função da competência e não da fidelidade partidária. Recorrendo mesmo a cidadãos independentes. Só com os melhores podemos vencer.
Combate à corrupção. O combate de que os políticos pouco falam mas que deve ser a grande prioridade nacional. É essencial dotar as autoridades judiciais de poderes e meios para investigarem e julgarem de forma exemplar.
Justiça. Está um caos. Muitas mudanças urgem, mas há duas essenciais – que o poder político respeite a independência dos magistrados e que os magistrados observem exigências de produtividade. A produtividade tem de chegar à Justiça.
Máquina do Estado. Cada português trabalha metade do mês para pagar impostos ao Estado. Às suas empresas, institutos, serviços e mordomias. Temos de o emagrecer e acabar com o regabofe. Libertando recursos para as pessoas e para as empresas. Só elas criam riqueza.
Competitividade fiscal. Temos hoje impostos altos de mais. Não há condições para poupar e investir. No prazo de uma legislatura, reduzindo a despesa pública, lograremos baixar a carga fiscal, tornando-a atractiva para as pessoas e investidores.
Investimento e exportações. É chegada a hora de ter uma ‘obsessão’ saudável. A obsessão por investir e exportar mais. É aqui que os incentivos do Estado se devem concentrar.
Estado social. Foi uma conquista essencial. Para o manter há que o reformar. Os mais ricos têm de pagar alguma coisa – sobretudo na saúde – para que os mais carenciados nada paguem e o investimento na saúde não abrande.
Pensões de reforma. Criar riqueza não chega. É preciso distribuí-la melhor. A prioridade deve ir para a melhoria de milhares de pensões e reformas de miséria. Há que reduzir o fosso entre os que têm muito e os que não têm quase nada.
Educação. É a ferramenta das ferramentas. Só uma educação exigente, competição entre escolas e investimento nas profissões técnicas garantem o futuro. É o código postal do sucesso. Aqui ficam dez sugestões prioritárias. Veremos se há vontade de mudar.
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