terça-feira, janeiro 11, 2011

Associações da GNR querem aumentos como os comandantes

DN

 
O ministro da Administração Interna, Rui Pereira, não entende o "mal-estar" causado pelo facto de os dois chefes máximos da GNR, o comandante-geral e o 2.º comandante, terem auto-aumentado os seus vencimentos no final do ano passado. O primeiro, em mais de mil euros, o segundo em cerca de 200.
O ministro disse que a GNR "limitou-se a aplicar a lei" e"que já foi tudo esclarecido". "A aplicação da lei, certamente, não pode causar mal-estar, penso eu", concluiu Rui Pereira, à margem de uma cerimónia para assinalar a conclusão da 1.ª fase do Sistema Integrado de Vigilância, Comando e Controlo (SIVICC), um projecto também envolto em polémica.
As associações mais representativas da GNR, a Associação de Profissionais da Guarda (APG) e a Assocação Sócio-Profissional Independente da Guarda (ASPIG) exigem que, se a lei foi aplicada para os comandantes, seja também aplicada aos mais de 23 mil militares que ainda não foram aumentados, conforme está definido nessa mesma legislação.
"Se a lei que o sr. ministro está a falar é a do novo regime remuneratório, que está em vigor há um ano, sem que tenha sido executada sobre a esmagadora maioria dos profissionais, então exigimos que se cumpra a lei também para eles. Caso contrário, levaremos o caso a tribunal. Se não é essa lei, exigimos a abertura de um inquérito para esclarecer qual é exactamente o enquadramento legal destes aumentos." Da ASPIG, José Alho acrescenta que "há descontentamento generalizado com esta situação" e alerta o próximo comandante-geral, Newton Parreira, para os perigos da aplicação parcial da nova tabela: "é impossível um comandante levar o barco a bom porto enquanto houver militares mais novos a ganhar mais que os mais antigos".

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