sábado, setembro 25, 2010

Um protesto policial comum mas com diferentes bandeiras

DN
"Nós compreendemos a boa vontade do Governo, mas com o que temos até agora é impossível desmobilizar." Foi assim que Paulo Rodrigues, dirigente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP), reagiu ontem à saída da reunião no Ministério da Administração Interna - enquanto na rua os manifestantes agitavam as bandeiras.
Longe de uma grande concentração, às 20.00 já havia várias dezenas de agentes da PSP no centro da Praça do Comércio, em Lisboa.
Cada um com o seu símbolo sindical. Cada um por si. "As bandeiras dos vários sindicatos que aqui se vêem só nos dividem, e o pior é que, na PSP, ainda ninguém percebeu", disse ao DN um agente, que, com receio de um processo, se identificou como António Simões.
As reivindicações variam, apesar de pontos comuns. "Assim que o Governo resolva as questões da promoção e do cumprimento da nova tabela salarial, a ASPP põe fim a esta concentração", garantiu Paulo Rodrigues, sublinhando que "se os outros sindicatos quiserem ter bom senso terão de fazer o mesmo, porque a concentração só visava estas duas matérias".
Com opinião contrária, Armando Ferreira, presidente da Sinapol (Sindicato Nacional de Polícia), afirmou que não desmobilizarão enquanto não houver uma solução para a falta de avaliações de serviços e para os horários. "Respeito a opinião do meu colega, mas nós não vamos desistir daquilo que defendemos", salientou.
António Simões, que abandonou o espaço pouco tempo depois do início da concentração, considerou a acção "uma palhaçada" e explicou que, na sua opinião, só devia haver uma bandeira: "A da Polícia de Segurança Pública."

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