sábado, setembro 25, 2010

Sindicatos voltam ao Terreiro do Paço

CM
A Direcção-Nacional da PSP reuniu ontem de manhã com a ASPP e o SPP (os dois maiores sindicatos), garantindo a ambos o desbloqueio das promoções de 1500 elementos policiais.
Satisfeita esta reivindicação, os sindicatos retiraram-se do protesto iniciado ao final da tarde de quinta-feira, sendo seguidos por outras três estruturas sindicais (os dois da classe de oficiais e um representativo dos agentes). À margem deste entendimento ficaram o SUP e o Sinapol, que, apesar de saudarem o esforço da tutela e da PSP para o desbloqueio das promoções, vão voltar em conjunto ao Terreiro do Paço, já na quinta-feira, 30 de Setembro, para retomar os protestos.
"A vigília do Sindicato Unificado de Polícia (SUP) e do Sindicato Nacional de Polícia (Sinapol) começará pelas 09h00 de quinta-feira e estender-se-á, nesse dia, até às 18h00 e no mesmo horário nos dias úteis seguintes", explicou ao CM Peixoto Rodrigues, presidente do SUP.
Apesar de "reconhecido" à tutela e à PSP pelo comprometimento em mandar publicar, já na segunda-feira, uma lista com os nomes dos 1500 polícias que vão ser promovidos, Peixoto Rodrigues enumerou o que falta ainda resolver. "Queremos agentes e chefes também graduados, novas regras nos remunerados e pagamento da dívida dos gratificados desportivos desde Janeiro deste ano, que seja eliminado o actual mapa de horários e que haja um reposicionamento efectivo nos escalões criados pelo novo estatuto da PSP", explicou.
Em simultâneo à vigília, que decorrerá por tempo indeterminado, Peixoto Rodrigues assegurou que o SUP terá elementos a "fazer greve de fome à porta do MAI na 1ª semana de Outubro". Associado ao protesto está o Sinapol, cujo presidente, Armando Ferreira, ligou o sindicato a que preside à lista das entidades que "pedem a exoneração imediata do director-nacional da PSP, Oliveira Pereira". "Todos os problemas da PSP estão longe de estar resolvidos", opinou.
Entretanto, na quinta-feira à noite, os oficiais do instituto da PSP reuniram-se num restaurante de Lisboa. Apesar de terem também abandonado o protesto marcado e dissolvido pela ASPP, mostraram-se "preocupados" pela continuação da aplicação da lei 12-A (vínculos da Função Pública), na actividade diária da PSP.

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