quinta-feira, setembro 16, 2010

Segurança rodoviária Campanha tenta travar mortes por atropelamento

Com um quinto das mortes nas estradas portuguesas a serem as de peões vítimas de atropelamento, levou o Governo a lançar uma campanha de prevenção para a sinistralidade rodoviária nas passadeiras. O segredo está no aumento do civismo por parte dos automobilistas ... e dos peões.

ACP promove campanha para travar aumento de mortes por atropelamento

Está a aumentar o número de mortos por atropelamento em Portugal. Para sensibilizar a população, o Automóvel Clube de Portugal lançou uma campanha dedicada à sinistralidade com peões. A iniciativa arrancou no Porto, onde, só no ano passado, foram atropeladas 316 pessoas.

 

"Atenção somos todos peões" é o mote da campanha que se integra na Semana Europeia da Mobilidade e conta com a colaboração do Automóvel Clube de Portugal. "Entre os mortos em acidentes rodoviários há 18 por cento de peões. Desses peões, a maioria morre nas cidades e uma grande percentagem (40 por cento) a atravessar passadeiras", destacou o ministro da Administração Interna, Rui Pereira no lançamento da campanha na cidade do Porto.
Se se tiver em linha de conta que quase metade dessa percentagem de mortos na estrada são idosos com mais de 65 anos de idade, fácil é entender que muita desse drama se deve a inconsciência do condutor e a falta de respeito por quem é peão e anda na estrada.
Foi precisamente a pensar nessa falta de respeito que por iniciativa do ACP e da Câmara Municipal do porto se pintou esta quinta-feira junto a 60 das 3200 passadeiras existentes na cidade que bordeja o Douro uma mensagem que procura lembrar aos condutores que houve "316 vítimas de atropelamento no Porto em 2009 - atenção somos todos peões".
"Queremos chamar a atenção de todos, peões e automobilistas, para a necessidade de respeitar as regras de trânsito e criar um ambiente amigável no âmbito da circulação rodoviária nas cidades", explicou Rui Pereira.
O responsável governamental e antigo professor da Faculdade de Direito de Lisboa apelou aos automobilistas para que tenham um cuidado "muito grande... respeitando a fragilidade dos peões, em particular de crianças e idosos".
A verdade é que muitas vezes a culpa não é do automobilista e é o peão que revela falta de cuidado e de previdência. Isso mesmo lembrou Carlos Barbosa, que é o presidente do Automóvel Clube de Portugal.
"O peão muitas vezes acha-se no direito de se atirar para as passadeiras e atravessar de qualquer maneira. Ora, o peão tem tanta responsabilidade na travessia como o automobilista tem (no dever) de respeitar a passadeira", afirma.

"Em Portugal há o costume horrível de atravessarem (as ruas) fora das passadeiras", criticou ainda Carlos Barbosa.

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