quarta-feira, setembro 22, 2010

Presidente do SINAPOL discorda da greve que ele próprio anunciou

TSF
O presidente do Sindicato Nacional da Polícia (SINAPOL) discorda da greve de polícias que ele anunciou e que culminou com a sua suspensão da PSP.
http://www.tsf.pt/paginainicial/AudioeVideo.aspx?content_id=1667729
Perante aos deputados da Comissão Parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, o presidente do SINAPOL respondeu ao CDS-PP, que é contra o direito à greve das forças de segurança, que é contra o protesto da PSP.
«Eu próprio não concordo com a greve na PSP», mas «tenho que cumprir as decisões da assembleia-geral», disse, acrescentando que «a revolta está tão grande» que entre 50 associados «houve quatro abstenções e dois votos contra».
As palavras de Armando Ferreira não convenceram o social-democrata Hugo Velosa, que não entende o «desfasamento» em relação a outras organizações sindicais da PSP quanto ao pré-aviso de greve.
Na resposta, o presidente do SINAPOL disse que a posição das outras associações era «espectável», depois de saberem que ele foi suspenso e que levou um processo disciplinar.
Para Armando Ferreira, há uma tentativa de silenciar a actividade sindical na policia.
O BE reconheceu o excesso da direcção da polícia neste caso, mas considerou complexa a questão legal. A deputada bloquista Helena Pinto acabou por propor a realização de um debate alargado na sociedade portuguesa que permita concluir se a polícia tem ou não direito à greve.
Após o pré-aviso de greve e declarações prestadas pelo presidente do SINAPOL aos órgãos de comunicação social, a Direcção Nacional da PSP anunciou a instauração de um processo disciplinar e «a suspensão preventiva» da PSP de Armando Ferreira.

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