Dado faz parte do relatório anual das forças de segurança
Quatro em cada dez ocorrências de violência doméstica participadas à PSP e à GNR foram presenciadas por menores, revela o relatório anual das forças de segurança, com base em quase 30 mil participações deste crime feitas no ano passado.
De acordo com a Lusa, em 2011 foram registadas pelas forças de segurança 28.980 participações de violência doméstica, 17.495 das quais pela PSP (60,4%), 11.485 pela GNR (39,6%), o que correspondeu a uma diminuição de 7,2% relativamente a 2010.
Em média, as forças de segurança receberam 2.415 participações por mês, 79 por dia e três por hora, menos uma do que em 2010.
Em 42% dos casos, as ocorrências foram presenciadas por menores, refere o relatório anual de monitorização de ocorrências participadas às forças de segurança publicado no site da Direção-Geral da Administração Interna (DGAI)
Segundo o documento, 26.791 participações foram registadas no Continente (92,4%), 1.238 nos Açores (4,3%) e 951 na Madeira (3,3%).
Lisboa foi o distrito que registou o maior número de participações (6.741), seguindo-se o Porto (6.039), Setúbal (2.282), Aveiro (1.795) e Braga (1.698).
Agosto é o mês em que se registaram mais queixas, mantendo-se a tendência para uma maior proporção de participações à segunda-feira (17%) e uma maior proporção de ocorrências ao fim de semana (34%).
Mais de um terço das participações (34%) foi feito entre as 19 e as 24 horas, seguindo-se o período da tarde (33%), entre as 13 e as 18 horas.
Geralmente as situações tiveram como consequências para a vítima ferimentos ligeiros (48%). Contudo, em cerca de um por cento dos casos os ferimentos resultantes foram graves.
O relatório adianta que, em cerca de 30% dos casos, as forças de segurança entraram no domicílio do denunciado e da vítima.
Em 78% dos casos as ocorrências sucederam numa casa particular e 17% na via pública ou em espaços públicos «fechados».
A violência física esteve presente em 73% das situações, a psicológica em 78%, a sexual em 2%, a económica em 7% e a social em 8,5%.
O documento aponta que 85% das vítimas são mulheres, casadas ou em união de facto (51%), com uma idade média de 40 anos, não dependendo economicamente do denunciado (78%).
Mais de dois terços tinham habilitações literárias iguais ou inferiores ao 9º ano e 24% possuía habilitações ao nível do ensino secundário ou superior.
Metade das vítimas encontrava-se empregada (50%), 22% estavam desempregadas, 12% eram domésticas, 10% eram reformadas/pensionistas e as vítimas estudantes representavam 7%.
Os alegados agressores são homens (88%), casados ou em união de facto (53%), com uma idade média de 41 anos e não dependem economicamente da vítima (86%).
Em quase três quartos dos casos os denunciados possuíam habilitações iguais ou inferiores ao 9º ano (74%) e cerca de 19% possuía habilitações ao nível do ensino secundário ou do ensino superior.
A maioria encontrava-se empregada (62%), 25% estavam desempregados, 9% em situação de reforma, 3% eram estudantes ou domésticos;
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