O inspetor-geral da Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica (ASAE), António Nunes, acredita que a ASAE vai ter "mais capacidade de intervenção" em 2013, apesar de manter os mesmos recursos.
António Nunes falava hoje, em Castelo Branco, durante as comemorações do dia da ASAE, numa alusão às restrições orçamentais na administração pública, que também abrangem este o órgão de polícia criminal.
"Não estou desanimado", referiu António Nunes, adiantando: "As dificuldades são patentes, não as vamos escamotear, mas temos que olhar para elas como desafios".
O inspetor-geral disse acreditar que a ASAE vai ter "um futuro com muito mais capacidade de intervenção".
Em declarações à agência Lusa, António Nunes explicou que as atividades da ASAE em 2013 vão ser reequacionadas "face aos orçamentos disponíveis", afirmando, contudo, que os recursos "são suficientes para garantir a segurança à população".
"No meio das organizações da administração pública, [a ASAE] foi provavelmente a que menos sofreu", acrescentou.
O orçamento do organismo não vai poder contar com mais recursos em 2013, mas face aos cortes noutras áreas, o inspetor-geral até classifica a decisão como "uma atitude benevolente do Ministério da Economia", que tutela a ASAE e "reconhece o seu papel".
António Nunes apontou como exemplo a formação em curso de 30 novos inspetores, que até final do ano estarão no terreno para colmatar a aposentação de outros.
O que existe é "um esforço maior ao nível do planeamento e da organização interna, com a criação de equipas especializadas", como as brigadas para o jogo clandestino ou brigadas das indústrias.
O organismo vai chegar ao final do ano com "o mesmo número de inspeções realizadas e o mesmo número de inspetores" que em 2011 foram de cerca de 8.300 operações e de 285 inspetores.
*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico aplicado pela agência Lusa
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