segunda-feira, abril 30, 2012

Professor acusa PSP de agressão

CM

O professor universitário, psicólogo e comentador televisivo Luís Rebelo Maia acusa dois agentes da PSP, que estavam fora de serviço, de o terem espancado num bar em Unhais da Serra, Covilhã. Terá testemunhas do crime, domingo de madrugada, e fala em vingança. A PSP tem outra versão e desmente as agressões.



O professor de 40 anos estava a participar num concurso de karaoke no estabelecimento, a convite do proprietário. E segundo contou ontem Luís Maia ao CM, à saída do bar, pelas 00h45, foi "abordado e insultado por um indivíduo visivelmente embriagado". O professor diz ter reagido "de forma educada" e, quando já se encontrava de saída, diz ter sido agarrado por outros dois homens que continuaram os insultos e partiram logo para agressões.
"Eles começaram a dar-me murros e pontapés dentro do bar e continuaram já no exterior do estabelecimento", diz a vítima, especialista em neuropsicologia, que pediu aos responsáveis do bar para chamarem a GNR.
Os militares chegaram e identificaram os agressores como sendo agentes da PSP da Covilhã. Luís Maia diz que a principal motivação para as agressões dos polícias terá sido "uma vingança pessoal relacionada com a actividade clínica e de comentador televisivo", porque, recorda, "no final das agressões um deles disse: ‘da próxima vez que fores à TVI vais ver o que te acontece’".
O psicólogo, que comenta frequentemente casos de criminalidade no programa da manhã ‘Você na TV’, não sabe que comentário originou a vingança.
O porta-voz da PSP desmente Luís Maia. "A confusão começou quando ele foi eliminado do karaoke. Não gostou e começou a travar-se de razões com a organização. Criou mau ambiente e os agentes viram-se na obrigação de o escoltar até à saída sem o agredirem", diz Paulo Flor.
PERFIL
Luís Rebelo Maia, 40 anos, é docente do Departamento de Psicologia e Educação da Universidade da Beira Interior, neuropsicólogo clínico e forense e graduado em ciências Médico--Legais. Já publicou vários livros sobre educação e abusos sexuais. Colabora com polícias de investigação criminal e um canal televisivo, TVI.

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