domingo, janeiro 16, 2011

Acusação a PSP afasta arma da mão de ‘Kuku’

CM


Amadora
Pistola encontrada no chão não tinha impressões digitais do rapaz morto, que não usava luvas.
...'Não se conformou com a possibilidade de vir a provocar-lhe a morte'.
AGENTE DIZ QUE RAPAZ SE VIROU AO SUBIR A VALA
Elson Sanches (Kuku) seguia ao volante do Opel Corsa, na noite de 4 de Janeiro de 2009, com três amigos no interior. E a PSP seguiu-os quando percebeu, pela matrícula, que o carro fora furtado no bairro de Santa Filomena, Amadora. ‘Kuku’ abrandou – permitindo ao cúmplice Michel sair do carro e fugir a pé – e seguiu viagem até um beco sem saída, já no bairro da Quinta da Laje. Saíram os três, cada um na sua direcção, e os polícias separaram-se em corrida a pé até serem todos apanhados. No caso de ‘Kuku’, o agente que o perseguiu 'desequilibrou-se', diz a acusação, e caíram os dois numa pequena vala. ‘Kuku’ conseguiu libertar-se, começou a subir a vala, e o polícia diz que de repente o rapaz de 14 anos se virou com uma pistola na mão. Sacou da arma de serviço e matou-o com um tiro na cabeça à queima-roupa.
'ELE NÃO ESTAVA ARMADO, VÃO TER DE ME MOSTRAR PROVAS'
Domingas Sanches, mãe do rapaz de 14 anos morto a tiro pela PSP, não escondia um misto de choque e revolta na noite do crime. 'A polícia nem sequer me deixou chegar ao pé do corpo do meu filho, estendido no chão, cheio de sangue. Foi duro ver ao longe o ‘Kuku’ a morrer. Ainda tentei correr atrás da ambulância mas os polícias agarraram-me', confessou na altura ao CM, horas depois de o filho ter morrido, já no Hospital de São Francisco Xavier. E a mulher, de 37 anos, não se conformava com a acção da polícia, exigindo 'justiça'. 'Quero saber quem foi o polícia que fez isto ao meu filho. Sei que ele não tinha arma nenhuma. Se a polícia diz que o ‘Kuku’ estava armado eu quero ver a pistola. E vão ter de me mostrar que tem a impressão digital dele'.
PORMENORES
PJ NÃO TESTEMUNHA
Os inspectores da Secção de Homicídios da Judiciária, que conduziram toda a investigação, não foram chamados a testemunhar em tribunal.
INQUÉRITO NA IGAI
O agente prestou termo de identidade e residência no processo e está ao serviço. Decorre paralelamente um inquérito da Inspecção Geral da Administração Interna.
ADVOGADO JOÃO NABAIS
O polícia, que estava colocado na PSP da Amadora, é defendido pelo advogado João Nabais.

3 comentários:

  1. Oh que pena...batem nas pessoas, assaltam-nas, tudo o que uma pessoa passa a vida a trabalhar para e depois são uns coitadinhos em frente às forças de segurança, certo ? São uns coitadinhos... !!

    ResponderExcluir
  2. Mortos já não fazem mal às pessoas !!

    ResponderExcluir
  3. por vezes é necessário fazer algo pela vida, ja que ninguem da nada a quem mora nos bairros.queria ver vcs os moradores de predios a viverem num bairro.. as pessoas julgam a toa, esse miudo podia ser o maior bandido mas matar? Por mais que ele pudesse roubar as pessoas nunca iria matar ninguem se fosse preciso se ele visse alguem a passar mal na rua ate ajudava em vez de rouba-la..sempre ouvi dizer nao julgues quem nao conheces e infelizmente o nosso pais nao e assim.Pessoal pensem um bocado, ponham-se no lugar destes jovens e pessoas que pouco ou nada tem e a unica coisa que querem e ajudar suas familias. se a vida de quem vive na classe media baixa ja esta dificil imaginem dentro de um bairro ? Morar nas barracas nao significa ser mau, ser ladrao, ser drogado ser isto e aquilo. significa pobreza, pessoas que nao tiveram escolha e ali foi onde conseguiram contruir a sua vida. Quem e de fora teme Quem e de dentro sabe e Quem vem de fora conhece o ambiente, por vezes muito melhor que morar num predio onde so a propria familia se importa com os seus... Pensem um pouco na vida de toda a gente..viemos todos no mesmo saco nao o queiram romper com ilusoes de ser alguem porque no fundo nao somos nada. Descansa em Paz mano Kuku

    ResponderExcluir