O comando-geral da GNR abriu um processo para investigar o “Referendo por uma Guarda melhor”, que está a circular na Internet e cujo questionário foi enviado para os endereços electrónicos institucionais dos militares.
O porta-voz da Guarda Nacional Republicana, major Gonçalo Carvalho, disse à agência Lusa que “a GNR iniciou um processo para investigar o uso indevido de meios electrónicos” e a possibilidade de esta acção configurar “um crime militar”.
O major Gonçalo Carvalho adiantou que o comando-geral da GNR está a recolher informação com vista à participação às entidades competentes.
Um grupo de oficiais da Guarda enviou um questionário para o endereço institucional dos militares da GNR com nove perguntas com o objectivo de “medir o apoio interno à mudança na gestão de topo” da Guarda Nacional República, lê-se no texto do referendo.
O questionário foi enviado para “todos os endereços institucionais existentes, de militares do quadro permanente da GNR. Totalizam 27.974 endereços de e-mail, independentemente de se encontrarem ou não activos”, adianta.
Os autores do documento, intitulado “Referendo por uma Guarda melhor”, apontam como problema da GNR “a perder competitividade face a outras forças e serviços de segurança” e enumeram como principal causa o facto dos “decisores de topo” serem “constituídos unicamente por oficiais generais do exército”.
Nesse sentido, adiantam que a GNR “precisa de decisores de topo qualificados, que conheçam e pugnem pelos interesses da instituição e assegurem a sua autonomia e a sua coesão”.
Até hoje já responderam ao inquérito 667 pessoas e a página da Internet sobre o “referendo por uma guarda melhor” foi vista por 2.237.
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