domingo, outubro 30, 2011

Ministra da Justiça nega pretensão de «unificar polícias»

TVI24

Paula Teixeira da Cruz diz que essa é uma intenção que nunca fez parte dos planos do Governo
A ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, garantiu que a Polícia Judiciária (PJ) vai manter a sua «autonomia institucional» e a sua «identidade própria», assegurando que nunca esteve nos propósitos do Governo e do PSD a «unificação das polícias», noticia a Lusa.

«Nunca terá visto no programa eleitoral do PSD, nem nos programas do Governo, a unificação das polícias», respondeu aos jornalistas Paula Teixeira da Cruz, no final da cerimónia que assinalou os 66 anos da PJ.

Ao intervir na cerimónia, a ministra alertou que, com a situação económica muito complica que poderá potenciar o aumento da criminalidade, é «na unidade da acção» que estará a «força», observando contudo que a necessidade de manter a unidade «não justifica que se altere o actual sistema».

«No conjunto das diversas polícias, a PJ tem uma identidade e um código genético próprios que lhe conferem características únicas e que justificam plenamente a sua autonomia institucional e a preservação da sua identidade própria. Enquanto mais forte e eficaz (a PJ) mais ganhará todo o judiciário», enfatizou.

Confrontada com a necessidade de reforçar a PJ em algumas áreas, um assunto abordado na intervenção do director nacional da PJ, Almeida Rodrigues, a ministra desdramatizou: «Não temos muitos meios, mas temos meios e vamos alocá-los onde eles fazem mais falta».

Ao falar na cerimónia, Almeida Rodrigues vincou que «importa prosseguir uma gestão provisional de efectivos tendentes a suprir as ausências por aposentação e a adequar os recursos humanos às taxas de crescimento e ao grau de sofisticação da criminalidade grave e organizada cuja investigação é da responsabilidade da PJ».

Almeida Rodrigues precisou aos jornalistas que está a decorrer um concurso para ingresso de 110 inspectores e também de 50 especialistas, não se sabendo ainda se, face às restrições orçamentais, haverá esse enquadramento de funcionários.

«Não procuramos meios desmesurados. Entendo que devemos fazer o máximo com os recursos disponíveis, mas obviamente que seria bom» para a gestão provisional de efectivos a entrada destes reforços na PJ. 

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