domingo, fevereiro 06, 2011

Só 25% dos pais portugueses utiliza ferramentas de controlo parental

Bloguer JN

Apenas um quarto dos pais portugueses utiliza ferramentas de controlo parental para bloquear ou filtrar o acesso das crianças a sítios de Internet, um número em linha com a média europeia.
Os dados são do estudo "EUKidsOnline", que em Outubro começou a divulgar conclusões, e indicam que, em média, apenas 28% dos pais na Europa utilizam as ferramentas de controlo, estando Portugal ainda abaixo desse valor, com 22%, de acordo com as respostas das crianças.
Os valores são ligeiramente mais elevados, quando são os pais a responder: 33% dos pais europeus e 29% dos portugueses dizem utilizar as ferramentas.
Segundo resultados do mesmo estudo, quase 60% das crianças e jovens portugueses têm um perfil numa rede social e destes 25% têm-no sem restrições de acesso.
O inquérito foi realizado em 25 países europeus e envolveu 23 mil crianças, dos 9 aos 16 anos.
A investigação visou determinar factores de risco, como pornografia, 'bullying', mensagens de cariz sexual, contacto com desconhecidos, encontros 'offline' com contactos 'online', conteúdo potencialmente nocivo gerado por utilizadores e abuso de dados pessoais.
Dos 58% de crianças e jovens com perfil numa rede social, 34% têm até 10 contactos e 25% até 50 contactos.
Entre os jovens portugueses utilizadores de redes sociais, 25% têm o perfil público, enquanto 7% partilham a morada ou o número de telefone e estão entre os que menos o fazem em comparação com as outras crianças europeias.
Portugal é um dos países com menor incidência de riscos 'online' para crianças e jovens, situando-se abaixo da média europeia (12%), segundo o inquérito.
Apenas sete por cento das crianças e jovens portugueses declararam já se terem deparado com os riscos referenciados pelo inquérito.
A maioria das crianças não declarou ter tido qualquer experiência perturbadora 'online' e sente-se confortável em actividades na Internet que alguns adultos consideram arriscadas.
Contudo, acrescenta o estudo, os jovens portugueses de 11 a 16 anos estão entre os que mais declaram ter sentido bastantes vezes que estavam a fazer um uso excessivo da Internet (49%), muito acima da média europeia (30%).

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