segunda-feira, fevereiro 28, 2011

Finanças travam formação na GNR

CM

Novas Oportunidades: Centro devia estar a funcionar há dois meses
O Centro de Novas Oportunidades do Ministério da Administração Interna e da Guarda Nacional Republicana (CNO-MAI/GNR), criado em 2009, está há mais de dois meses sem funcionar devido à falta de formadores. Em causa está a demora do parecer do Ministério das Finanças com a autorização para os contratar.

Inscritos estão 737 formandos, que não sabem quando podem retomar ou iniciar os cursos. Os alunos queixam-se porque se inscreveram na instituição por esta pertencer ao MAI e à GNR. "Podia ter ido para outro centro, mas escolhi aquele porque achei que um diploma deles teria mais credibilidade. Agora quero que o curso comece ou que me digam se fecha para poder encontrar outro centro para fazer a minha formação", conta um dos alunos, que prefere manter o anonimato.
Ao CM, fonte do gabinete de imprensa do MAI, tutelado por Rui Pereira, afirmou apenas que "estão a decorrer os procedimentos técnico-legais, junto do Ministério das Finanças e da Secretaria de Estado da Administração Pública, para a contratação das equipas de coordenação, pelo que não existe qualquer decisão de encerramento do CNO-MAI/GNR". Em conformidade com a lei, a contratação para 2011 dos quatro elementos da equipa técnico-pedagógica (um técnico de diagnóstico e encaminhamento e três profissionais RVC), exige pareceres prévios do MAI e das Finanças, processo que está em curso, tendo já sido obtido o do MAI, que foi favorável, informa a GNR.
FALTA DE RECURSOS HUMANOS
Fonte da divisão de Comunicação da GNR, força militarizada comandada pelo general Newton Parreira, disse ao CM que o CNO funciona desde Julho de 2009 e que os contratos celebrados anteriormente com os formadores cessaram em 31 de Dezembro de 2010. Logo, "por imposição legal, os CNO só podem funcionar se tiverem uma equipa técnico-pedagógica. Por falta destes recursos qualificados, foi decidido que se recorresse ao mercado de trabalho". A mesma fonte sublinhou que "é importante destacar que todo o processo se enquadra numa conjuntura nacional de fortes restrições orçamentais, pelo que em momento algum esteve em causa a imagem institucional de rigor e qualidade construída ao longo do período em que o CNO-MAI/GNR tem estado em funções".

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