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Associação Sindical volta a pedir a demissão do governante
O presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP), Paulo Rodrigues, voltou a pedir a demissão do ministro da Administração Interna, pela «incapacidade demonstrada na resolução dos problemas da polícia e dos polícias».
No final de um plenário e de uma acção de protesto, em Viseu, contra as «injustiças e ilegalidades» do novo estatuto e a existência de duas tabelas remuneratórias, Paulo Rodrigues sublinhou aos jornalistas que, neste momento, os polícias não confiam no Ministério da Administração Interna.
«Estamos perante um Governo que cria as leis e depois não as cumpre. E depois são os próprios polícias que são obrigados a ir a tribunal para obrigar o Governo a cumprir uma lei que criou», descreveu.
O dirigente sindical recordou que o Ministério da Administração Interna aprovou um estatuto profissional da PSP contra a vontade dos polícias, que entrou em vigor a 1 de Janeiro de 2010, mas que um ano depois ainda não conseguiu implementar. «E aquilo que conseguiu implementar foi o que é prejudicial aos polícias e que tem a ver com o corte de direitos», frisou.
Para o presidente da ASPP/PSP, «é incompreensível que o incumprimento de estatutos leve a situações de ilegalidades que já motivaram uma acção no Tribunal Administrativo».
Por isso, a ASPP/PSP «pede ao primeiro-ministro que substitua o ministro da Administração Interna, pela incapacidade que demonstrou em resolver os problemas da polícia e dos polícias».
Paulo Rodrigues referiu ainda que entre os agentes da PSP o momento é de «grande desmotivação» e «instabilidade interna».
«O Governo ou altera esta política ou vai ter uma instituição PSP caduca, quase com dificuldades de confrontar e resolver as situações que os cidadãos solicitem ao nível da segurança publica», sustenta.
O presidente da ASPP/PSP garantiu ainda que vão continuar as acções de protesto para sensibilizar entidades competentes e grupos parlamentares.
«Vamos estar em todos os distritos do país com estas concentrações para sensibilizar as entidades locais, os cidadãos e os próprios polícias», concluiu.
Na passagem por Viseu, a delegação sindical entregou, no governo civil, uma moção com as principais preocupações dos polícias.
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