quinta-feira, fevereiro 10, 2011

Paulo Portas: "O criminoso é sempre o coitadinho"

DN
Após encontro com Comando Distrital da PSP
Paulo Portas considera "uma vergonha" criminosos saírem dos tribunais em liberdade e critica outros partidos em matéria de segurança.
O líder do CDS, Paulo Portas, disse, hoje, ao DN, em Faro, após reunir-se no Comando Distrital da PSP, que "é uma vergonha" quando a polícia "arrisca a vida para proteger a segurança e a liberdade dos cidadãos, detém alguém, por exemplo, em flagrante" e ao levar o criminoso a tribunal, "em vez de ser julgado sai em liberdade, se calhar com a obrigação de se apresentar às autoridades". "Depois, volta a cometer crimes. O que antigamente era cometido apenas a solo, depois já é em grupo; o que antigamente era sem arma, depois já é em arma. E eu pergunto, como é que fica a polícia quando sai do tribunal sem ver o julgamento feito?" - lamentou Paulo Portas.
Depois de frisar que é "o único líder partidário" a visitar regularmente esquadras ou quartéis e a contactar com as forças de segurança, criticou o facto de "em Portugal quer a esquerda, quer o PS, quer o PSD" acreditarem numa política nessa área, a qual "costumo definir da seguinte maneira: o criminoso é sempre um coitadinho, a culpa é sempre da sociedade, a vítima pode voltar para trás e as forças de segurança em vez de serem apoiadas, são desautorizadas. Eu penso de forma exactamente oposta".
Assim, acrescentou, "para mim quem comete um crime, pequeno, grande ou médio, tem de ser responsabilizado. Se é apanhado tem de ser julgado, se é em flagrante o julgamento de ser imediato em vez de andarmos com paninhos quentes, se é condenado a pena é para ser cumprida e não para voltar cá para fora ao fim de pouco tempo".
Por outro lado, e a anteceder um encontro com militantes e simpatizantes do seu partido na capital algarvia, Paulo Portas voltou a recusar fazer comentários à moção de censura admitida pelo PCP - "nem sequer a conhecemos". Já em relação ao posicionamento sobre segurança por parte do CDS num futuro governo com o PSD, limitou-se a dizer: "para ser governo é preciso trabalhar muito, ter muita humildade, gerar confiança e ter opções muito claras como aquela que o CDS tem em matéria de segurança".

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