quarta-feira, fevereiro 02, 2011

Guardia Civil e GNR unidas no combate aos furtos de cobre

Diário de Notícias


É o novo negócio da China que está a gerar lucros fabulosos para os criminosos e prejuízos avultados para as vítimas que incluem as concessionárias de telefones, distribuição de electricidade, fábricas e até particulares. O roubo de metal está a aumentar no interior raiano e a preocupar as polícias portuguesas e espanholas. A cooperação das autoridades deixou a simples troca de informações e passou a fazer-se com operações conjuntas devido a suspeitas que o material furtado circula entre os dois países.
O furto de equipamentos e peças de metal tem vindo a crescer, por ser material que vale algum dinheiro, fácil de obter e que não deixa pistas. Entre os polícias e sucateiros o roubo de metal já é apelidado de "negócio da China". O cobre, e outros metais furtados em grandes quantidades, é derretido e exportado para a China, com lucros chorudos para os intermediários.
O problema começou por ser português, mas agora afecta os dois lados da raia, a longa linha de fronteira que separa Portugal de Espanha. A GNR, que "todos os dias realiza operações conjuntas com a Guardia Civil", tem pistas e suspeitos identificados dos dois lados da fronteira.
"Quem rouba metal, e não estamos a falar só de cobre mas também de alumínio, chumbo e ferro, acaba por o vender a sucatas, que obtêm lucros chorudos com a venda às fundições", disse ao DN um oficial superior da GNR da Guarda. Muito do metal "é roubado num lado da fronteira e receptado no outro", o que dificulta o trabalho das polícias e leva a uma cooperação mais estreita entre as autoridades dos dois países.
O roubo de metal "teve uma acalmia até 2009. Desde então, com a escalada dos preços destas matérias-primas, os roubos têm vindo a aumentar, não só cobre mas todo o metal com valor e procura". Na primeira linha do roubo estão "desempregados e toxicodependentes porque este é um furto fácil, rentável e que não deixa pistas.

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